Trabalhadores fazem ato contra a Reforma Trabalhista

Ato aconteceu no Calçadão da Rua João Pessoa (Fotos: Portal Infonet)

Cartazes chamam a atenção de quem passa pelo Calçadão

José Fernando, da UGT e Plínio Pugliesi, da CUT

Representantes da Central única dos Trabalhadores (CUT) e União Geral dos Trabalhadores (UGT), que fazem parte da Frente Brasil Popular, fizeram um ato público contra a Reforma Trabalhista, que está sendo votada nesta terça-feira, 11, pelo Senado Federal. Eles montaram uma tenda no calçadão da Rua João Pessoa para acompanhar a votação.

"A gente espera que os senadores Maria do Carmo Alves [DEM], Eduardo Amorim [PSDB] e Antônio Carlos Valadares [PSB] compreendam que a sociedade sergipana não aceita a Reforma Trabalhista", disse o vice-presidente da CUT, Plínio Pugliesi.

Ele informou que mais de 50% das categorias de trabalhadores no EStado aderiram as paralisações nacionais realizadas em abril e junho. "Isso mais que demonstra que a sociedade é contra a Reforma Trabalhista e quem votar a favor não vai ter sossego aqui em Sergipe", afirmou.

O secretário-geral da UGT, José Fernado Santos, informou que os trabalhadores sergipanos também estão lutando em prol das eleições "Diretas Já". "O governo Temer tenta a todo custo aprovar as Reformas Trabalhistas e Previdenciária, oferecendo benefícios financeiros aos senadores. Por isso também reivindicamos eleições diretas", disse.

A Reforma Trabalhista, que foi enviada pelo governo ao Congresso Nacional no ano passado, muda mais de 100 trechos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). O texto foi aprovado pela Câmara dos Deputados em abril deste ano e, se for aprovado pelo Senado sem mudanças, seguirá para a sanção do presidente Michel Temer.

Veja alguns itens da Reforma Trabalhista que vai interferir na vida dos trabalhadores:

– O acordo entre patrão e empregado passa a valer mais que a lei;
– Restringe o acesso à Justiça gratuita para ações trabalhistas;
– Admite excesso de jornada mesmo sem acordo prévio;
– Acordos patrão-empregado ficam fora do contrato de trabalho;
– Vale-refeição e outros benefícios deixam de contrar como encargos trabalhistas e previdenciários;
– Reduz em 2/3 o adicional a ser pago pela redução do tempo de almoço e descanso;
– Restringe as condições para eleição de representantes de empregados nas empresas;
– Empregados devem apresentar valor exato pretendido em reclamações trabalhistas na Justiça.

Por Moema Lopes

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