Trabalhadores rurais marcham e ocupam sede do Incra em Aracaju

A data 25 de julho é simbólica por ser o dia em que se celebra a atividade do produtor rural (Foto: Márcio Garcez)

Cerca de 10 mil trabalhadores rurais ligados ao Movimento Sem-Terra (MST) e moradores de 243 assentamentos participam nesta quinta-feira, 25 da 17ª edição da “Marcha do MST Sergipe”. O evento foi iniciado na zona norte de Aracaju, saindo da Praça Ronaldo Calumby, no bairro Novo Paraíso, e está na sua segunda etapa com a ocupação na sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Sergipe. Entre as pautas levantadas estão as reformas Agrária e da Previdência, além do pedido de liberdade ao ex-presidente Lula.

Trabalhadores percorreram diversas ruas da capital(Foto: Márcio Garcez)

Segundo a diretora nacional do MST em Sergipe, Gislene Reis, a data 25 de julho é simbólica por ser o dia em que se celebra a atividade do produtor rural. “Sergipe é o único estado e Aracaju é a única capital que realiza essa marcha no dia 25. Aqui temos essa mística de reunir parte da nossa base acampada no estado para reivindicar reforma agrária”, argumenta Gislene.

Para ela, a discussão em torno da reforma agrária vive um momento de resistência na atual realidade nacional. “Nós do MST costumamos discursar que esse é um momento de resistência pela reforma agrária. É uma política que ainda existe, mas está paralisada, com recursos cortados […] Sem a luta não conseguiremos avançar nas políticas do campo”, explica.

Trabalhador rural José Ailton participa do ato. (Foto: Portal Infonet)

O trabalhador rural José Ailton saiu do assentamento ‘Seguidores de Canudo’, em Itabi, município localizado a 131 km de Aracaju, para participar da marcha pela 15ª vez seguida e cita a defesa da liberdade do ex-presidente Lula como uma das principais motivações. “Nesse momento, devido à conjuntura, estamos em defesa dos nossos direitos […] Claro, também estamos aqui pelo grande lema que travamos nas áreas de assentamentos e povoados vizinhos, o qual é o ‘Lula Livre’. Foi através do governo dele que a realidade de muitos pequenos desse país foi mudada.”, ressalta o trabalhador.

Os membros do movimento permanecem ocupando o prédio do Incra, onde almoçam e, na sequência, darão continuidade ao protesto com uma nova passeata até a Praça General Valadão, no Centro de Aracaju.

por Daniel Rezende

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