O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) manteve a cassação dos deputados Bosco Costa [federal] e de Talysson Barbosa Costa, este último campeão de votos na disputa eleitoral por uma das vagas na Assembleia Legislativa. Na tarde desta quarta-feira, 22, os membros do TRE julgaram os recursos, classificados como embargos de declaração, interpostos pela defesa de ambos parlamentares, mas não foram acolhidos pelos membros daquela Corte Eleitoral e a cassação foi mantida.
O desembargador Diógenes Barreto atuou como relator em ambos os embargos declaratórios e manteve o entendimento relativo ao julgamento de mérito para manter a cassação do deputado federal Bosco Costa e também do deputado estadual Talysson Barbosa Costa.
Contra o deputado Bosco Costa pesa a acusação de prática de abuso de poder econômico. O Ministério Público Eleitoral observou gastos exagerados e contratos padronizados para locação de veículos usados durante a campanha eleitoral e pediu a cassação do mandato do parlamentar. No julgamento o desembargador Diógens Barreto entendeu a ocorrência do abuso de poder econômico para cassar o mandato do parlamentar da esfera federal, entendimento que foi mantido de forma unânime nesta quarta-feira, 22.
Já contra o deputado estadual Talysson Barbosa, pesa a acusação de que ele teria sido beneficiado pela estrutura da prefeitura de Itabaiana através do esforço do pai, Valmir de Francisquinho, prefeito da cidade, que instituiu a onda azul, pintou os prédios públicos naquela cor também utilizada na campanha do filho. Na ótica dos desembargadores esse episódio contribuiu para desequilibrar o pleito eleitoral e diretamente na conquista dos votos nas urnas eleitorais.
A decisão do TRE, em ambos os casos ainda cabe recurso. A defesa de ambos os parlamentares contestam o entendimento da Corte Eleitoral em Sergipe.
Em nota, a assessoria de comunicação do deputado estadual Talysson Barbosa diz: “quero dizer que continuo com a consciência tranquila, na certeza da lisura dos meus atos durante o processo eleitoral, atos estes que foram chancelados pelo voto de 42 mil eleitores sergipanos. Respeito a decisão, no entanto, por meio de nossa assessoria jurídica, vamos procurar as instâncias superiores para garantir a manutenção da vontade do povo do meu Estado”.
Por Cassia Santana