Terreno destinado à construção da USIP (Foto: Prefeitura de Socorro) |
O embargo da Prefeitura de Nossa Senhora do Socorro à obra da futura Unidade de Internação Provisória Rosalvo Alexandre não abrirá uma crise na relação política entre o prefeito Fábio Henrique (PDT) e o governador Jackson Barreto (PMDB). A avaliação vem do próprio Fábio Henrique e também do governador em exercício Belivaldo Chagas (PSB). “Tenho convicção que não haverá nenhum problema político porque conheço muito bem o meu governador e sei que ele é democrata”, ressaltou o prefeito, em entrevista concedida ao Portal Infonet nesta sexta-feira, 21.
Para Fábio Henrique, o que está em jogo é a legislação, que não permite a realização de obras de impacto sem as devidas licenças emitidas pelos órgãos de fiscalização, assim como também os interesses da população do município de Nossa Senhora do Socorro, que estão sendo contrariados em decorrência da localização onde está prevista a construção da nova unidade da Fundação Renascer.
A obra foi embargada, mas o prefeito vê possibilidade de entendimentos com o governo do estado ainda na próxima semana quando o governador em exercício Belivaldo Chagas e o prefeito Fábio Henrique discutirão a questão. “Neste momento, a única que não devemos pensar é no processo eleitoral de 2016. O governador em exercício não atropelou, apenas respeitou a autonomia do município ao suspender a obra e tudo será resolvido”, enalteceu o prefeito.
O governador em exercício também descarta a crise política entre as lideranças partidárias. “Não há crise política nenhuma, o que está havendo é o diálogo para deixar tudo devidamente resolvido”, observou Belivaldo Chagas, que, ao tomar conhecimento sobre a posição da prefeitura de Socorro pelo embargo, determinou a suspensão das obras. “Ele [o governador em exercício] poderia muito bem dar continuidade à obra e aguardar que a prefeitura entrasse com ação na justiça, mas não agiu assim”, alerta Fábio Henrique.
O prefeito entende que a polêmica foi gerada pela falta de diálogo do governo do estado com a comunidade, que resiste à construção da USIP naquele local. “Mas não foi culpa do governador. A secretaria responsável poderia promover o diálogo e escutar a comunidade e toda esta polêmica não teria acontecido”, observou.
Por Cássia Santana
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