Valadares declara tristeza com racha em Sergipe

Valadares à direita: tristeza com o desfecho da vitoriosa aliança (Foto: César Oliveira)

“Não gostei de nada do que aconteceu”. Com esta frase o senador Antonio Carlos Valadares (PSB) resumiu o sentimento quanto aos efeitos da antecipação das eleições para escolha da nova mesa diretora da Assembleia Legislativa, ocorrida na segunda-feira, 27, que culminou com a reeleição de Angélica Guimarães no Legislativo e o rompimento do governador Marcelo Déda com o agrupamento político liderado pelos irmãos Eduardo (senador – PSC) e Edvan Amorim.

O senador lamenta o racha e diz que prefere o silêncio neste momento. Ele virá a Sergipe e já marcou encontro com os deputados da base do PSB (Maria Mendonça e Adelson Barreto) para debater a questão. “Venho trabalhando para o entendimento desde o primeiro momento. Fui bombeiro do começo até o fim e fico triste pelo desfecho”, reagiu o senador.

O senador Valadares retornaria de Brasília nesta quinta-feira, 1º, mas possui um compromisso no Rio de Janeiro, que o fez adiar a viagem a Sergipe, mas pretende chegar no próximo sábado, 3, trazendo na bagagem a missão especial de apagar o incêndio que afetou as relações dos deputados Maria Mendonça e Adelson Barreto com o governador Marcelo Déda. “Não quero falar nada sobre este assunto, sem antes conversar com os dois deputados para me inteirar, para saber o que realmente aconteceu”, disse o senador, em conversa com o Portal Infonet.

A deputada Maria Mendonça demonstra-se bem mais magoada com a postura do governador, reação provocada pela exoneração imediata de Maria do Carmo Mendonça Andrade, da diretoria de Atendimento do Detran, uma irmã da parlamentar. A exoneração da irmã da parlamentar foi publicada no Diário Oficial que circulou na quarta-feira, 29. Na própria quarta, a parlamentar fez um pronunciamento bombástico efetivando o racha pessoal com o Governo e cobrando posição do seu partido.

Complicações políticas

Na ótica dos aliados dos irmãos Amorim, está cada vez mais complicada a indicação do ex-deputado Belivaldo Chagas para o Tribunal de Contas do Estado, apesar do requerimento a ser apresentado pelo deputado Francisco Gualberto, líder do Governo, ser subscrito por todos os 24 parlamentares. Belivaldo ocupa cargo de primeiro escalão no primeiro escalão pela fatia do PSB no Governo e o grupo liderado pelos irmãos Amorim cobra uma posição do senador Valadares pelo rompimento com o Governo.

Parlamentares vinculados ao agrupamento liderado pelos Amorim não têm dúvida que a indicação de Belivaldo está associada ao desligamento do PSB do Governo. “Não há nenhuma pressão, até porque Valadares é um senador, mas o PSB foi o mais prejudicado e tem que se posicionar”, considera a deputada Susana Azevedo, que atuaria como um plano B do agrupamento para substituir Belivaldo Chagas na indicação para o TCE.

No entanto, a cautela parece prevalecer entre os aliados dos Amorim. Quando provocado quanto a um possível plano B para substituir Belivaldo Chagas, em caso de não haver entendimentos com o PSB, o deputado Zeca da Silva foi irônico: “aí você quer saber demais”.

Mas Zeca da Silva admite possível inviabilidade política para emplacar Belivaldo. “Pode haver inviabilidade sim na indicação, mas vamos conversar porque Belivaldo Chagas merece respeito, é uma pessoa amiga de todos os setores, seria um nome inquestionável na indicação, mas política é política”, admite o parlamentar.

Por Cássia Santana

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