“A oposição é pequena, mas será grande em qualidade. Faremos um trabalho com muita decência, com muito respeito, mas, acima de tudo, com uma oposição construtiva, respeitosa, mostrando os erros do governo, sugerindo soluções, mas aquilo que o governo acertar, nós teremos a humildade de parabenizá-lo”, garantiu Venâncio Fonseca, afirmando que dará continuidade ao trabalho desempenhado pela oposição na legislatura passada e que teve reconhecimento nas urnas, já que foi reeleito para exercer seu quinto mandato na Assembleia Legislativa.

Para o líder da oposição, os eleitores depositaram nas urnas a confiança na bancada de oposição do Legislativo Estadual, e garantiu que a transmissão das sessões da Casa pela TV Alese contribui para que a população tenha senso crítico e se mantenha informada sobre as denúncias realizadas na tribuna do Plenário, além da cobertura jornalística do Estado.

Oposição

De acordo com Venâncio Fonseca, em qualquer governo é preciso que os parlamentares fiquem atentos em pontos considerados fundamentais para a população, como educação, saúde, segurança pública, área social e agricultura. O deputado estadual disse que a oposição vai realizar cobranças em relação às promessas feitas pelo governador Marcelo Déda (PT) durante a campanha eleitoral. “O próprio governador reconheceu que há problemas na saúde e disse que neste segundo governo vai ser um secretário adjunto na secretaria da Saúde para amenizar a situação. Mas nós já sentimos que nada mudou e continua a mesma estrutura: falta médico, falta remédio, não tem atendimento de qualidade. Isto no Estado e em Aracaju”, criticou o parlamentar.

O foco da oposição também será para aumento da segurança pública. Ele citou que no interior, as cidades têm um policiamento defasado em número de policiais militares e que a situação só não é pior devido ao Estado ainda ser pacato e o povo ordeiro. “O Capitão Samuel já disse que existem mais de 500 policiais em desvio de função e que deveriam estar nas ruas dando segurança para a população, mas estão atendendo secretário de estado, prefeitos e pessoas do staff do governo”, denunciou.

Em relação à educação, Venâncio Fonseca lembrou que o ano letivo da rede pública de ensino ainda não acabou, apesar de muitos alunos terem feito vestibular e que não sabem se conseguirão entrar na universidade. “Nós ficamos preocupados com a situação desses alunos, que ainda não sabem o que vai acontecer”, apontou.

O líder da oposição disse que espera que o governo dê uma atenção especial para a agricultura, e quer saber quais projetos estão na pauta de decisões da administração estadual para o setor e para a citricultura, que é a principal fonte econômica dos municípios que compõem a Região Cento-Sul do Estado, que produzem laranja e que estão passando por crise.

“Esta região empobreceu muito. A citricultura já empregou cerca de 100 mil trabalhadores. O desemprego atualmente está enorme. Alguns anos atrás o povo saiu dos povoados para estudar nas cidades e depois na capital. Agora, vemos os que estudaram na capital retornarem para suas cidades, porque não têm mais o padrão que tinham, e os que estudavam nas cidades, voltando para os povoados, porque a renda da família caiu. O governo tem que dar atenção à esta região, porque foi sempre uma região responsável pela grande arrecadação de ICMS do Estado e que não precisava de programas assistencialistas. Agora, com crise, temos o Mão Amiga, devido ao fracasso e à queda da citricultura”, enumerou Venâncio Fonseca.

Venâncio Fonseca disse que espera ver na mesa de trabalho do governo um projeto para recuperação Centro-Sul do Estado e, em especial, para a citricultura, além de propostas efetivas e um trabalho que melhore a qualidade de vida da sociedade sergipana. A bancada de oposição da próxima legislatura será composta por Venâncio Fonseca (PP), Augusto Bezerra (DEM), Arnaldo Bispo (DEM) e Goretti Reis (DEM).