Venâncio quebra o jejum e diz que PT não é mais exceção

Venâncio Fonseca em aparte ao proncimaneto de Geórgeo Passos (Fotos: Portal Infonet)

Os debates na tarde desta segunda-feira, 7, na Assembleia Legislativa de Sergipe giraram em torno do depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Polícia Federal. Em meio à defesa da deputada Ana Lúcia (PT) e ao pronunciamento do deputado Georgeo Passos (PTC), mostrando como a Justiça e a Polícia Federal agiram no episódio, o deputado Venâncio Fonseca quebrou o jejum e destacou que o Partido dos Trabalhadores era visto pelos filiados e defensores, como exceção, o que fica comprovado agora não ser melhor do que os demais.

“Antes nenhum outro partido prestava, só o PT, mas todos os partidos são compostos de filiados que são seres humanos, filiados candidatos, que exercem mandatos e tudo aquilo que é exercido por seres humanos é passivo de erros. O PT era exceção. Com a oportunidade que o povo brasileiro deu, eu sei qual é a sua dor deputada Ana Lúcia. Eu sei que vossa excelência é uma mulher decente, honesta digna, mas no seu partido há pessoas com desvio de condutas como houveram em outros partidos. Antigamente o de vossa excelência era exceção. Era, particípio do verbo passado, já foi (sic). E agora o seu partido está querendo se igualar ao meu, que antes não queria. O meu não é melhor do que ninguém e hoje o seu partido está provado não ser melhor do que ninguém”, entende.

Deputado fala voltado para a colega, a deputada Ana Lúcia

Venâncio Fonseca destacou que a Justiça é quem deve apurar as denúncias de corrupção por parte do PT e punir os responsáveis.

“Quem roubou, quem não roubou, a Justiça é quem deve apurar, como está em fase de investigação não me cabe opinar. Mas, uma coisa eu posso opinar, o seu partido não é melhor do que nenhum, a bandeira da honestidade, da decência, teve o pauzinho enrolado. Os que tiverem culpa, seja do meu partido, do PMDB, do PSDB, de quem for, inclusive o PT, que tem muita gente envolvida, que seja punido. A dor de vossa excelência é profunda, a decepção é grande porque nunca imaginou na vida que o PT tivesse numa situação dessa, essa é a realidade”, enfatiza.

Golpe?

Ana Lúcia acredita que a questão é política

Para o deputado Georgeo Passos, o momento é de reflexão e de os ânimos serem acalmados. “Enquanto ficarmos nos degladiando pelo poder, quem sofre é a população. Somos só representantes e o povo é quem tem o poder, é quem sabe o momento de dizer quem está certo e quem está errado. Golpe como estão falando é esconder a sujeira debaixo do tapete. Golpe é o que o povo sofre todo dia quando morre numa fila de hospital por falta de investimento, quando muitas vezes o dinheiro foi feito para a corrupção. Evidentemente que não estou defendendo o impeachment da presidente Dilma, mas defendemos a investigação”, enfatiza.

Retroagindo

Geórgeo Passos diz que denúncias devem ser apuradas

A deputada Ana Lúcia afirmou que no sistema capitalista a corrupção é endêmica e sistêmica. “É pra ser apurado e pra ser punido, mas a apuração é pra todos e se fosse retroagir no tempo para apurar da forma como foi reorganizada a Polícia Federal, a Justiça Federal e o Ministério Público pós Lula, nós teríamos muita coisa, as prisões teriam que soltar todos os ladrões de galinha, que são os negros e os pobres que estão nas prisões brasileiras e não os de colarinho branco. Nunca disse que não é para apurar, o problema é que esse projeto do Lava Jato está todo desviado. O juiz Moro é filho de professor que fundou o PSDB, a esposa é assessora jurídica do PSDB do Paraná e ele prestigiou a revista Época e os blogueiros. A questão não é jurídica, é política e ideológica, o país está dividido”, lamenta.

Por Aldaci de Souza

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