Venâncio repercute visita de Dilma Rousseff a Sergipe

Deputado Venâncio Fonseca (Foto: Portal Infonet)

Durante o grande expediente da sessão desta terça-feira, 22, o líder da bancada de oposição na Assembleia Legislativa, deputado estadual Venâncio Fonseca (PP), fez pronunciamento repercutindo a vinda da presidente da República, Dilma Rousseff, a Sergipe, ontem, durante a realização do Fórum de Governadores do Nordeste, que aconteceu no município de Barra dos Coqueiros.

Ele disse que havia uma grande expectativa em torno do primeiro encontro entre os governadores eleitos e reeleitos da região com a presidente, imaginando que seriam discutidos assuntos de suma importância para o desenvolvimento do Nordeste e, no caso de Sergipe, anúncio de obras para o Estado.

“Mas, podem ter certeza, foi uma frustração muito grande para os sergipanos e nordestinos essa primeira reunião, porque o tema debatido foi a recriação da CPMF, aquele imposto que foi sepultado na legislatura passada, através do Congresso Nacional”, disse. Ele ressaltou que o povo brasileiro não suportava mais pagar esse imposto, que havia sido criado para repassar recursos para a saúde, inicialmente com prazo, que depois foi estendido e seus recursos destinados para outros setores que não a saúde.

O deputado Venâncio Fonseca disse que, embora na primeira reunião dos governadores eleitos e reeleitos com a presidente a primeira discussão tenha sido para tratar da CPMF, tem certeza que nenhum deles abordou esse tema no período eleitoral. “E, se abordou, era se comprometendo a não apoiar o seu retorno. E hoje já admitem. Isso se chama estelionato eleitoral, falta de respeito com o eleitorado”, afirmou. O líder da oposição disse que esse tema já está em pauta e a reunião realizada em Sergipe foi o pontapé inicial para a recriação da CPMF, “esse imposto que tanto massacrou o contribunte brasileiro”, colocou.

No entendimento do deputado progressista, para salvar a Saúde não é preciso a recriação da CPMF ou a criação de outro imposto. Segundo ele, a Saúde já tem dinheiro e isso está comprovado. O deputado disse que o orçamento do Estado aprovado no ano passado, no valor de R$ 5 milhões, o Estado é obrigado a destinar para a Secretaria de Saúde 12% desse total, o que resulta em mais de R$ 700 mihões. “É muito dinheiro, fora os repasses do governo federal, através de convênios, que quando somados dão mais de R$ 1 bilhão. O problema da Saúde é gerenciamento e como é gasto o dinheiro público”, frisou.

De acordo com Venâncio Fonseca, em Sergipe, o governador diz que investiu mais de R$ 300 milhões. Ele disse que, embora acredite nesse investimento, supõe que ele foi mal aplicado, porque o resultado tem sido negativo. Como exemplo, ele citou o fato de se ver na imprensa o secretário pedir prazo ao Ministerio Público para comprar remédio para o Centro de Atenção à Saúde de Sergipe (Case). “Uma pessoa com câncer, com problemas de coração, com diabetes não tem condições de esperar 90 dias por uma medicação. Uma pessoa que está no corredor do Hospital João Alves também não pode esperar por isso. Um paciente esperar dez, 15 ou 20 dias por um ortopedista é um crime, um ato de desumanidade, não existe”, declarou.

O deputado Venâncio Fonseca citou ainda a situação da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, inaugurada para atender parturientes de alto risco, mas que hoje está passando por uma situação difícil. Ele falou sobre um médico da unidade que denunciou a situação de superlotação existente na maternidade. “Pacientes de gravidade misturadas com outras sem complexidade, caos total, isso porque a Maternidade Hildete Falcão está fechada, assim como as maternidades dos municípios de Boquim, Propriá e a de Lagarto. Essa é a situação em que se encontra a saúde”, disse, ressaltando que não falta dinheiro, mas gerenciamento.

Segundo Venâncio Fonseca, as Fundações que foram criadas como a salvação para a administração pública, porque iriam tirar a burocracia, mas acabou complicando. Ele afirmou que atualmente as Fundações estão com grandes débitos e sem crédito não têm condições de fazer compras. “E quem era o presidente da Fundação hoje é o secretário de Saúde. Mas temos que cobrar é do govenador do Estado, porque ele disse que seria o secretário da Saúde”, completou.

Fonte: Agência Alese

 

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