
Venceu o prazo determinado pela Justiça Eleitoral de Sergipe para o então candidato a deputado federal Claudinei Rodrigues dos Santos, o Passo Preto (Psol), devolver os recursos do Fundo Especial de Campanha. Passo Preto recebeu R$ 1.904,68 para que fossem investidos na campanha eleitoral, mas ele gastou pagando cervejas para amigos. Como não houve prestação de contas desses recursos, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) o condenou a devolver todo o valor que recebeu do Fundo de Campanha.
Passo Preto garante que já efetuou o pagamento da fatura que recebeu da Justiça Eleitoral e diz que se sente aliviado. Mas o documento que comprova a devolução do dinheiro ainda não foi anexado ao processo judicial. Ele informou que fez uma campanha para conseguir arrecadar os recursos. No entanto, foram depositados apenas R$ 50. Passo Preto agrade a ‘vaquinha’ e garante que fez economia para conseguir juntar a maior parte do dinheiro. Mas, na última hora, conforme revelou, conseguiu novas doações de alguns amigos que se reuniram e completaram o restante.
O então candidato revelou que não foi ao banco fazer o pagamento, mas assegura que o débito foi quitado por um amigo, que recebeu o documento emitido pela Justiça Eleitoral por e-mail. “Tenho certeza absoluta que o dinheiro foi devolvido e o recibo já está com meu advogado”, garante Passo Preto. Aplicado os juros, segundo o então candidato, o volume de recursos devolvido foi de R$ 1.905,82. “Teve um pouquinho, mas teve juro sim”, diz.
Sem verba pública
Passo Preto se declara aliviado por ter conseguido quitar a dívida com a justiça eleitoral e promete fazer campanha contra o Fundo Especial de Campanha. “Quem quiser fazer campanha, que faça com o dinheiro do seu próprio bolso”, diz. Segundo avalia, são mais de R$ 2 bilhões colocados à disposição dos candidatos, o que ele classifica como desperdício. “E esse dinheiro cresce a cada ano. É dinheiro que deveria ser usado na educação e na saúde”, observa.
O então candidato critica os critérios de distribuição dessa verba. “Não existe igualdade. Eu recebi R$ 1.904,68, mas teve candidato aqui em Sergipe que recebeu meio milhão de reais”, observa. “Isso prejudica a sociedade e o próprio candidato. O dinheiro veio pra mim e eu nem sabia que devia prestar contas, ninguém me orientou como gastar. Pensei que podia gastar de qualquer jeito”, enalteceu.
por Cassia Santana