Audi~encia aconteceu na tarde desta quinta-feira, 9 no TRE/SE (Fotos: Portal Infonet) |
Foi realizada na tarde desta quinta-feira, 9, mais uma audiência de instrução no Tribunal Regional Eleitoral (TRE/SE), com a finalidade de ouvir testemunhas sobre o recebimento de verbas de subvenções por parte de associações de moradores localizadas nos municípios de Moita Bonita e Malhador ligadas aos deputados Venâncio Fonseca (PP) e Luis Mitidieri (PSDB). O presidente da Associação de Moita Bonita, Fabiano da Fonseca, mostrou contradição por quase todo o interrogatório e com isso, os representantes do Ministério Público Federal (MPF), pediram a abertura de inquérito junto à Polícia Federal, que foi acatado de imediato pelo juiz Fernando Escrivani.
Na audiência a procuradora do MPF/SE, Eunice Dantas indagou Fabiano da Fonseca quanto a assinaturas diferentes nos cheques e ele garantiu que as duas são dele. Ela perguntou também quanto a existência do nome na porta da associação que funciona na própria residência de Fabiano e ele disse que existe sim. “Mas eu estive lá e não tem”, respondeu a procuradora.
Juiz Fernando Escrivani tenta conscientizar Fabiano Costa de que deve falar a verdade |
Por diversas vezes Fabiano Costa não conseguiu responder às indagações dos procuradores Eunice Dantas e Rômulo Almeida, além do juiz Fernando Escrivani, que o alertou sobre os riscos de ser penalizado por falso testemunho e que poderia falar a verdade e deixar de proteger alguém.
Ele disse que a associação existe há 12 anos, mas que está à frente desde o ano passado, não soube informar os nomes dos demais componentes e nem a quem entregava a contabilidade na Assembleia. Disse que são cerca de 120 associados que pagam de 20 a 30 reais mensais e também não soube explicar como fazia para pagar os serviços realizados com os tratores. Quando indagado pela defesa dos deputados, Fabiano Costa garantiu não conhecer o deputado Venâncio Fonseca.
Como ele manteve o depoimento conturbado e não soube explicar o destino dos R$ 155 mil, que segundo ele teriam sido destinados à compra de remédios, à realização de festas e pagamentos de tratores, o Ministério Público pediu a abertura de inquérito junto à Polícia Federal.
De testemunha para réu
Fabiano Costa não quis falar com a imprensa
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“Ele vai continuar sendo ouvido no processo que investiga o desvio de verbas de subvenção, mas também será investigado pela Polícia Federal pelo crime de falso testemunho, passando de testemunha para réu”, explica a procuradora.
Também foram ouvidas as testemunhas Luiz Carlos Araújo, Fábio Barbosa e Willames Santos. Fabiano Costa não compareceu porque mora fora de Sergipe.
Por Aldaci de Souza
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