Vereador denuncia PM por abandono de serviço

Vereador Jairo Joaquim: interpelação por abandono de serviço (Foto: Câmara Municipal de Socorro)

O vereador Jairo Bonfim dos Santos (PTS), do município de Nossa Senhora do Socorro, vai denunciar a equipe do 5º Batalhão da PM por abandono de serviço. “Vou interpelar a ausência da polícia no evento porque o que houve foi abandono de serviço”, reagiu o vereador, o organizador da Vaquejada ocorrida no domingo, 30, naquele município. No espaço do evento, houve disparos de tiros, deixando uma pessoa morta e outra ferida.

O vereador revela que organiza a festa há nove anos e nunca aconteceu tumultos, justamente, conforme enalteceu, porque sempre a equipe da PM estava presente. Neste ano, segundo o parlamentar, os policiais permaneceram no evento até às 20h quando a festa estava programada para terminar às 23h. “Meia hora depois que eles saíram aconteceu o incidente. Algum malandro percebeu a ausência da polícia e fez a bandidagem”, comenta o vereador. “E depois do incidente ele veio para apreender o trio elétrico, porque ele não proibiu a realização da festa. Se ele tivesse proibido, a gente não ia fazer”, desabafa o organizador da vaquejada.

Segundo o parlamentar, as informações que circularam após o crime indicam que a pessoa que atirou teria o intuito de matar a ex-companheira, que estava com o atual namorado na festa. “Mas isso foi informação no local. Eu não sei realmente o que aconteceu porque fiquei em estado de choque e não tive como identificar as pessoas envolvimento no incidente”, conta, anunciando que não promoverá mais o evento.

Sem segurança

O major Anael Paixão, comandante do 5º Batalhão da PM, nega o abandono de serviço. Segundo ele, os policiais militares apenas cumpriram determinação do Comando Geral expressa em portaria que responsabiliza os organizadores de eventos particulares pela segurança interna no espaço da festa. “Nós fizemos a segurança externa e ele se comprometeu a contratar segurança privada, isolar a área e realizar a revista, mas ele não fez nada disso e eu chamei a atenção dele dizendo que não havia a segurança necessária para o evento”, disse o major.

O vereador admite que se recusou a assinar o documento emitido pelo 5º Batalhão porque o responsabilizava unilateralmente por qualquer violência no espaço da festa. “Já estou com meu advogado e vou ver o que fazer dentro dos meus direitos”, observou o parlamentar. “Que ele entre na justiça e nós vamos nos defender. Não houve abandono de trabalho, a segurança interna do evento é de responsabilidade dele e ele não cumpriu nada o que está previsto na portaria”, reage o major Anael Paixão.

Por Cássia Santana

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