Vereador faz pronunciamento sobre Dia da Consciência

(Foto: Ascom CMA)

O vereador Max Prejuízo (PSB), utilizou o Pequeno Expediente na manhã desta quinta-feira, 20, na Câmara Municipal de Aracaju (CMA), para falar sobre o Dia Nacional da Consciência Negra, comemorado hoje. A data faz referência à morte de Zumbi, que foi o grande líder do Quilombo dos Palmares, situado entre os estados de Pernambuco e Alagoas, morto nesta data em 1965, e que se tornou um símbolo de luta e resistência dos negros escravizados no Brasil e dos seus descendentes.

“Hoje é um dia de reflexão para o povo brasileiro. A questão do racismo é muito mais do que uma mera herança do passado, ela está presente no nosso dia-a-dia de diferentes formas. O preconceito existe e as possibilidades são diferentes. O negro está sempre lutando para conseguir um espaço no mercado de trabalho, em uma universidade pública e, principalmente, lutando pela igualdade”, disse Max.

O parlamentar lembrou o que aconteceu recentemente com um goleiro do Santos, vítima do racismo na Arena do Grêmio. “Esse é um fato que acontece diariamente. Nas famílias, nas ruas, no comércio, nas empresas. É só ter uma disputa, uma contrariedade, e logo vem à questão racial. Fato é que nos últimos anos houve avanços, e um desses avanços são as cotas nas universidades públicas. Isso reforça as oportunidades, pois são políticas de afirmações que o Brasil precisa ter e que um Governo popular teve coragem de implantar e que outros não tiveram. Isso é pensar em dar oportunidades. Precisamos avançar mais”, defendeu Max.

O vereador contou que sofreu e sofre discriminação, sendo a maior delas com relação ao seu sobrenome, alvo de brincadeiras, piadas, chacotas, de pessoas que desconhecem sua história e a história do próprio país.

“Eu já sofri vários tipos de preconceito. O maior deles eu levo até hoje que é com relação ao meu sobrenome. O sobrenome Prejuízo vem do século XIX, do meu bisavô Francisco Prejuízo. Após a Lei do Ventre Livre os senhores de engenho eram obrigados a registrar os filhos de escravos nascidos livres. Com raiva, colocavam sobrenomes de cunho pejorativo, a fim de denegrir e humilhar a pessoa humana. Tenho muito orgulho do meu sobrenome, da história que ele carrega de luta contra o preconceito e a discriminação racial e fiz questão de dar continuidade, pois os meus filhos levam o meu sobrenome”, disse Max Prejuízo.

Fonte: Assessoria de Imprensa

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