![]() |
| Agamenon com spray aromático: polêmica com a vereadora Lucimara Passos (Foto: Arquivo Portal Infonet) |
O promotor de justiça Odil Silva Oliveira propôs aplicação de pena alternativa, mas o vereador Agamenon Sobral (PP) não concordou, preferindo dar sequência à ação judicial por crime contra a honra, injúria e difamação movida pela enfermeira Flávia Brasileiro, ex-presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Sergipe.
Na audiência realizada nesta segunda-feira, 23, no Juizado Especial Criminal da Comarca de Aracaju, o promotor apresentou duas propostas de aplicação imediata de medida restritiva de direito: prestação de serviços à comunidade por um período de quatro meses, com carga horária de seis horas semanais, por meio de uma instituição a ser indicada pela Vara de Execuções de Medidas e Penas Alternativas ou prestação pecuniária no valor de 3.152.
O parlamentar recusou ambas as alternativas. “Como vou aceitar se tenho provas de tudo que falei?”, questionou o vereador, em conversa com o Portal Infonet após a audiência. “Tenho provas que ela vendeu o sindicato [quando presidia a entidade], por isso não vou fazer acordo”, complementou.
A enfermeira Flávia Brasileiro não tem dúvida que o vereador cometeu os crimes descritos na ação judicial. “Espero que a justiça seja feita, alguém precisa freá-lo”, comentou a enfermeira. “A transação penal é um benefício que é concedido ao réu, mas ele recusou, contando que vai ficar impune como ficou na ação movida pelos professores”, comentou a enfermeira. “Na ação dos professores, ficou apenas na nota de retratação e ele usa a nota para fazer deboche contra os professores. Agora, ele acha que, por conta disso, também vai ficar mais branda [a pena]”, comenta Brasileiro.
O vereador Agamenon Sobral ganhou fama ao fazer pronunciamentos polêmicos no plenário da Câmara Municipal de Vereadores, especialmente de ataques às classes de enfermeiros e professores, e já foi alvo de várias denúncias por quebra de decoro parlamentar, que ainda não tiveram desfecho no âmbito do parlamento municipal.
Por Cássia Santana

