Vereadora entende que criar novos bairros precisam de planejamento

Vereadora Ângela Melo entende que é preciso primeiro ter um Plano Diretor para depois criar novos bairros (Foto: Assessoria da parlamentar)

Deixando explícito ser favorável ao desenvolvimento da Zona de Expansão, a vereadora Professora Ângela Melo (PT) votou contra o Projeto de Lei, enviado pela Prefeitura de Aracaju, que transforma em bairros os povoados Robalo, São José dos Náufragos, Mosqueiro, Areia Branca, Gameleira e Matapuã.

Na justificativa de seu voto, a parlamentar petista ressaltou que não é contra a criação de novos bairros em Aracaju, mas que fazer isso “sem qualquer planejamento, sem Plano Diretor e sem participação popular é empurrar os problemas urbanísticos da cidade com a barriga”.

Ângela criticou também os argumentos de que a transformação dos povoados em bairros é necessária para os investimentos públicos na região. “Povoado não pode ter obra da Prefeitura? Povoado não pode ter infraestrutura? Não pode ter saneamento básico? Por que essa visão preconceituosa com os povoados?”, questionou.

O posicionamento da vereadora tem sustentação em estudos e análises de técnicos em planejamento urbano e direito à cidade.

Em artigo escrito esta semana, José Firmo dos Santos, especialista em gestão urbana e planejamento municipal pela UFS, apresentou posicionamento semelhante à vereadora. “Aracaju passou por experiências recentes nesse sentido. A cidade criou os bairros  Dom Luciano, desmembrando área do bairro Cidade Nova, e o bairro Aruana, desmembrando área da Zona de Expansão. Um dos argumentos usados pelos apressados defensores da criação dos novos bairros foi que isso facilitaria a chegada de novas obras nos novos bairros. Pura ilusão. Nada foi feito naquelas localidades por ter sido transformadas em novos bairros em Aracaju”, disse.

Para a Professora Ângela Melo, o que se anuncia com a criação dos novos bairros é “a possibilidade de avanço da especulação imobiliária na região, que vai prejudicar especialmente as famílias empobrecidas que vivem ali e vão sofrer pressões inclusive para vender os seus terrenos”.

Por esses motivos, a parlamentar defende que a Prefeitura envie com celeridade o projeto do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano para a discussão e apreciação da Câmara. “É com o Plano Diretor que teremos condições de debater o presente e projetar o futuro de nossa cidade como um todo e não pensando apenas algumas partes de Aracaju”, acredita.

Fonte: Assessoria de Comunicação

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