Delegada e promotores esclarecem resultado da Operação Indenizar-SE (Fotos: Portal Infonet) |
A polícia civil concluiu o inquérito policial que investigou suposto esquema articulado por vereadores de Aracaju para desviar as verbas indenizatórias destinadas a cada parlamentar, no valor de R$ 15 mil mensais, pela Câmara Municipal, batizada de Operação Indenizar-SE pela Secretaria de Estado da Segurança Pública. No inquérito, 15 vereadores foram indiciados por crime de peculato [desvio de recursos públicos], falsidade ideológica e formação de quadrilha. O Ministério Público Estadual atuou conjuntamente com a polícia civil nas investigações e também já se manifestou apresentando denúncia contra todos os vereadores investigados.
Além dos 15 vereadores, também foram indiciados e denunciados pelo Ministério Público Estadual o advogado Alcivan Menezes e os filhos Richard Leoni, Pedro Ivo e Alcivan Filho, que seriam responsáveis pelo desvio de recursos na ordem de quase R$ 5 milhões, segundo os dados revelados nesta sexta-feira, 16, pela delegada Danielle Garcia, do Departamento de Crimes Contra a Ordem Tributária e Administração Pública, e pelos promotores de justiça Henrique Cardoso, Bruno Melo e Jarbas Adelino.
O que chamou mais atenção da equipe que investigou o esquema de fraude, segundo a delegada Danielle Garcia, foi a “ousadia” dos vereadores Adelson Barreto Filho, o Tijoy, e Agamenon Sobral, que insistiram em dar continuidade ao suposto esquema de corrupção mesmo depois de iniciadas as investigações. Foi por este motivo que os dois parlamentares e os quatro advogados foram penalizados com a prisão preventiva, conforme explicações do promotor Jarbas Adelino.
Momento em que Agamenon Sobral deixa Deotap
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Mas na mesma quinta-feira, 15, depois dos mandados judiciais expedidos pela juíza Valéria Libório cumpridos, os dois vereadores foram colocados em liberdade e a prisão preventiva contra os advogados foi revertida em prisão domiciliar por determinação do desembargador Alberto Romeu. Por outro lado, oito vereadores permanecem afastados por determinação da juíza Valéria Libório, da 3ª Vara Criminal.
Na ótica dos promotores e da própria delegada, o afastamento também deveria ser aplicado aos vereadores Adelson Barreto Filho e também a Agamenon Sobral já que eles foram afetados por medida cautelar de prisão preventiva. Mas no momento em que as respectivas prisões foram revistas, os parlamentares acabaram livres também da medida cautelar de afastamento da Câmara dos Vereadores, o que caracterizaria um equívoco na ótica do promotor Henrique Cardoso.
O Ministério Público Estadual, segundo informações do promotor Henrique Cardoso, já está analisando o processo para que o afastamento também atinja os dois parlamentares que foram presos na quinta-feira, 15.
Quanto à reação do vereador Agamenon Sobral e do advogado Alcivan Menezes que classificaram o resultado das investigações como uma orquestração para prejudicar os parlamentares, a delegada Danielle Garcia devolve com uma simples resposta: “para o discurso de que se trata de perseguição, apresento as 6 mil páginas do inquérito policial”.
Vereadores denunciados
Adriano Oliveira [Adriano Taxista – PSDB]
Agamenon Sobral – PHS
Agnaldo Feitosa – PR
Anderson Silva [Anderson de Tuca – PRTB]
Jailton Santana – PSDB
Augusto da Silva [Agusuto do Japãozinho – PRTB]
Valdir Santos – PT do B
Ivaldo José – PRTB
Max Prejuízo – PSB
Daniela Fortes – PEN
Gonzaga de Santana – PMDB
Emmanuel Nascimento – PT
Roberto Moraes – SD
Renilson Félix – DEM
Tijói Barreto Evangelista, o Adelson Barreto Filho – PR
Por Cássia Santana
Por Cássia Santana
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