Acompanhadas por representantes dos defensores públicos e dos bombeiros civis, as votações nas comissões tiveram apenas um confronto entre o líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado estadual Venâncio Fonseca (PP), e a deputada estadual Angélica Guimarães (PSC), quando o assunto foi o projeto que garante a cessão de servidores médicos à Fundação Hospitalar de Saúde (FHS). A categoria não aderiu ao novo regime de carreira quando a fundação foi criada. De acordo com a deputada, voltaram atrás da decisão, mas era necessário criar um projeto que assegurasse a nova adesão. A parlamentar disse que o projeto estava corrigindo uma distorção criada no período em que os médicos deixaram de aderir à FHS. “Eles viram que tiveram prejuízos na carreira, inclusive com perdas financeiras. Muitos profissionais não se adaptaram às novas funções, pois estavam habituados a trabalhar nos serviços de urgência e emergência”, observou Angélica. O líder da oposição discordou. “Foi prometido um Plano de Carreira e a promessa não foi cumprida”, cobrou. Outro projeto aprovado por unanimidade foi a reestruturação da carreira de defensor público, que garante um reajuste salarial a partir da aprovação do projeto. Com média salarial de R$ 4,5 mil, atualmente, a categoria terá salário aproximado de R$ 12 mil em dezembro deste ano, última etapa do reajuste. O presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Ulices Andrade (PDT), parabenizou o governador Marcelo Déda pela conquista da categoria e destacou a autonomia obtida pela Defensoria “e os ganhos substanciais nos salários”. Um acordo firmado ainda nas comissões garantiu a votação de oito vetos governamentais para liberar a pauta para a aprovação do projeto de reajuste dos defensores públicos (no caso de um atraso, o reajuste seria anulado pela legislação eleitoral). O líder da bancada governista anunciou aos membros das comissões que um acordo com o próprio governo permitiu que cinco vetos fossem aprovados e três rejeitados, mantendo os projetos de autoria dos parlamentares. Os vetos aprovados serão transformados em indicações. Os deputados rejeitaram os vetos totais aos projetos de Lei que dispõe sobre a divulgação de fotografias de pessoas desaparecidas no âmbito do Poder Público, de autoria de Venâncio Fonseca, e o que trata da obrigatoriedade da permanência de seguranças armados junto aos caixas eletrônicos de bancos públicos e privados, de autoria do deputado estadual Garibalde Mendonça. Também rejeitaram o projeto que obriga a contratação de bombeiros civis por estabelecimentos onde haja grande circulação de pessoas, de autoria da deputada Ana Lucia Menezes. Foram rejeitados cinco projetos de Lei, mantendo os vetos governamentais encaminhados à Assembleia Legislativa. Foram aprovados os vetos totais ao projeto que institui a Política Estadual de Descentralização de Emissão e Carteiras de Identidade, que passaria a fornecer nas escolas o documento aos estudantes. O projeto é de autoria da deputada Susana Azevedo. Também foi aprovado veto ao projeto que cria a identificação de uso obrigatório nos capacetes de motocicletas e respectivos caronas, de autoria do deputado Adelson Barreto. Foram aprovados ainda os vetos governamentais ao projeto que cria o serviço de Disque-Denúncia de Agressões ao Meio Ambiente, em Sergipe, de autoria do deputado Wanderlê Correia, e ao projeto que assegura aos portadores de doenças crônicas que tenham problemas de locomoção, residentes em Sergipe, assistidos pela Saúde Pública, a entrega dos medicamentos em domicílio, de autoria de Venâncio Fonseca. E por fim aprovado o veto ao projeto, também de autoria de Venâncio, que autoriza o afastamento do servidor público estadual para a realização de exame preventivo de câncer de próstata. Todos foram vetados por serem considerados inconstitucionais.
As bancadas de apoio e de oposição ao governo estadual firmaram um acordo nesta quarta-feira, 31, para votar oito vetos governamentais encaminhados pelo Executivo e “destrancar” a pauta, garantindo a aprovação do projeto de reestruturação da carreira de defensor público estadual (Lei Orgânica da Defensoria Pública), concedendo um reajuste salarial progressivo. O primeiro passo foi garantir agilidade nas comissões temáticas, com unanimidade nas votações. Deputados garantem agilidade nas comissões temáticas
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Resultado
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