Acne na vida adulta afeta qualidade de vida e pode causar depressão

Condição acomete principalmente mulheres com mais de 25 anos e pode persistir de forma contínua ou intermitente desde a adolescência (Foto: Jocsa Venceslau)

As populares ‘espinhas’ são frequentemente relacionadas à fase da adolescência, porém o surgimento de acne pode se estender e afetar a idade adulta, principalmente das mulheres, inclusive, com uma maior complexibilidade. A Acne Feminina Adulta (AFA) caracteriza-se por cravos e bolinhas vermelhas, com ou sem pus, que podem evoluir para manchas e cicatrizes.

A condição está ligada a vários fatores desencadeantes, como explica a médica dermatologista Thâmara Morita, especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e professora de dermatologia do curso de medicina da Universidade Tiradentes.

“Essa condição acomete mulheres com mais de 25 anos e pode persistir de forma contínua ou intermitente desde a adolescência ou manifestar-se pela primeira vez neste período. Quase 80% dos pacientes com acne adulta são mulheres com idade média de 35 anos. Além da genética e de fatores hormonais, fatores ambientais, uma dieta rica em alimentos com alta carga glicêmica e o consumo de laticínios também podem contribuir para o início da cascata inflamatória que constitui a alteração central no aparecimento da acne”, detalha Morita.

Impacto na qualidade de vida

Médica dermatologista Thâmara Morita

Com maior incidência no rosto, a Acne Feminina Adulta não é apenas um desafio no âmbito estético. Ela pode afetar a autoestima e a qualidade de vida das mulheres, ocasionando obstáculos físicos e emocionais.

“Um estudo observou que a acne afeta negativamente a vida social, a autoestima e a imagem corporal dos indivíduos e é frequentemente associada a condições psicológicas, incluindo depressão, ansiedade e transtorno dismórfico corporal. Além disso, a acne está relacionada a custos financeiros substanciais”, ressalta a médica dermatologista.

Um dos fatores de insucesso e baixa adesão ao processo terapêutico é a influência da mídia, que dissemina informações com soluções que nem sempre refletem a realidade.
“A publicidade intensiva é altamente direcionada às mulheres adultas e pode induzi-las à automedicação com produtos ineficazes e irritantes para a pele, além de atrasar a procura de cuidados dermatológicos adequados, aumentando o risco de manchas e cicatrizes”, detalha.

Tratamento e cuidados

Apesar disso, a AFA não deve ser encarada como um bicho de sete cabeças. A condição tem tratamento, que deve ter uma abordagem individualizada e preparada por um dermatologista.

“A gravidade da acne, a possibilidade de gravidez e o aumento do risco de irritação da pele sensível são alguns fatores que devem ser levados em consideração na escolha do tratamento, que também precisa atender preferências individuais e custos. O desafio atual é tratar pacientes com acne dependendo menos de antibióticos, usados na acne há mais de 40 anos. A acne tem evolução prolongada e o paciente precisa ser resiliente, uma vez que a melhora, independente da opção de tratamento, só será perceptível após três meses. Por conta disso, o processo deve ser feito com um dermatologista de confiança”, pontua Morita.

A adoção de hábitos saudáveis com uma rotina de cuidados para a pele deve fazer parte do dia a dia para ajudar na prevenção da acne. “A recomendação de nós dermatologistas é que se lave o rosto com um limpador suave depois de terminar qualquer atividade que o faça suar, ao acordar e antes de dormir; remover a maquiagem, inclusive dos olhos, antes de dormir com um removedor sem óleo; evitar irritar a pele; optar por gel de limpeza que seja isento de óleos e que não obstrua os portos; além de aplicar maquiagem suavemente” finaliza a médica dermatologista.

Fonte: Assessoria de Imprensa

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