Aedes aegypti: doenças aumentam 147% após impedimento de visitas

Notificações de doenças aumentam 147% após impedimento de visitas domiciliares (Foto: SMS)

De janeiro a dezembro de 2021, Aracaju registrou 1.371 notificações das três doenças causadas pelo o Aedes aegypti: dengue, zika e chikungunya. No ano passado, durante os primeiros seis meses, quando os profissionais não estavam impedidos de realizar visitas domiciliares, foram registrados 394 casos notificados. Após o impedimento, nos seis meses seguintes, foram registrados 974 casos, o que representa um aumento de 147%.

Desde abril do ano passado, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), vem seguindo a determinação do Tribunal de Justiça do Estado, decorrente de uma Ação Civil Pública movida pelo sindicato dos agentes, o Sacema, de limitar as visitas domiciliares.

Esse trabalho é essencial no combate ao Aedes Aegypti, pois sem as visitas o Município fica impedido de fazer mutirões de limpeza e de realizar o Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), que mapeia a incidência do mosquito por bairros e principais criadouros e orienta ações de combate.

No mesmo mês que a determinação foi publicada, a Procuradoria Geral do Município (PGM) se manifestou nos autos do processo requerendo à Justiça que reconsidere a decisão liminar, tendo em vista o risco sanitário que o prolongamento dessa interrupção pode ocasionar.

Entretanto, até o momento, o impedimento segue vigente na capital sergipana e até a publicação de uma nova decisão judicial, o Programa Municipal de Combate ao Aedes segue apenas com o trabalho de fumacê costal, fiscalização de espaços públicos e orientações de porta em porta.

Programa
Segundo a supervisora do Programa Municipal de Combate ao Aedes, Edjeane Scarlet, o efetivo trabalho em campo dos agentes é de suma importância para evitar mudanças no quadro de transmissão da doença, evitando assim surtos e epidemias no município.

“Esse trabalho é amplo e compreende a identificação e a eliminação mecânica dos focos e possíveis criadouros; a aplicação de larvicida para o controle químico, e a divulgação de políticas públicas para o controle do Aedes aegypti em locais que registram aumentos no número de casos [incidência] ou na infestação do vetor [LIRAa]”, enfatiza.

Cuidados
A servidora alerta que o combate ao Aedes aegypti necessita da participação ativa da população, que pode colaborar com as ações da Prefeitura eliminando objetos com água parada e evitando acumular lixo.

“A gestão dá o suporte, mas o trabalho principal é da comunidade. Se cada cidadão de Aracaju mantiver o seu espaço, imóvel [residência, comércio ou terreno baldio] limpo e tiver o cuidado de verificar os possíveis depósitos do mosquito, teremos uma situação mais tranquila com relação à infestação pelo Aedes e, consequentemente, de pessoas adoecidas por uma das três arboviroses”, orienta Scarlet.

Fonte: AAN

 

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