Agentes de saúde e endemias paralisam as atividades

Agentes de saúde e endemias paralisaram as atividades por 24h nesta sexta-feira, 17, e realizaram uma manifestação em frente à Secretaria Municipal de Saúde (SMS) para protestar contra o não repasse de uma verba, que segundo a categoria, destinada pelo Ministério da Saúde para cada agente equivalente a R$ 950 reais.

Ao todo são 900 agentes de saúde e 300 de endemias na capital. Por conta da paralisação ficam suspensas as visitas domiciliares que compreende o atendimento a idosos, hipertensos, diabéticos e inspeções inerentes os programas de zoonoses.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde e de Combate às Endemias do Município de Aracaju (Sacema), Roberto Messias, a categoria quer que o prefeito faça o repasse da portaria aos agentes. “Nós estamos pedindo que o prefeito pague a portaria do ministério da saúde de R$ 950 que é passado mensalmente para cada agente de saúde e nós não recebemos isso. O gestor recebe mensalmente R$ 950 por cada agente em verbas federais e não é repassado para a gente”, diz.

Roberto Messias informa ainda que a alegação para o não pagamento é de que é utilizado em benefício dos profissionais de saúde. “A portaria diz que tem uma verba de R$ 950 reais por cada agente de saúde, vem específicos para o agente e os gestores alegam que gastam com fardamento, mas já temos dois anos que não temos, com capacitação, mas também não temos e ninguém sabe para onde vai”, afirma.

Caso o valor não seja repassado, a categoria pretende ingressar com uma ação na Procuradoria Geral da República e o Ministério Público Federal (MPF/SE).

SMS

A equipe do Portal Infonet entrou em contato com a assessoria de comunicação da Secretaria Municipal de Saúde que esclareceu que a verba existe, mas que não é destinada para pagamento do agente, mas para a compra de materiais utilizados pelos trabalhadores. A assessoria afirma ainda que tanto a secretária Goretti Reis quanto o prefeito João Alves Filho estão abertos ao dialogo para discutir a situação.

Por Aisla Vasconcelos