Alimentação: MPE pode ajuizar nova ação contra FHS

Funcionários reclamam das condições de trabalho (Fotos: Arquivo Infonet)

A promotora de justiça Euza Missano visitou a cozinha do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) na manhã desta sexta-feira, 11, e constatou denúncias de servidores terceirizados sobre a escassez de gêneros alimentícios para produzir a alimentação fornecida a pacientes, acompanhantes e servidores daquela unidade de saúde.

No Huse, a promotora conversou com servidores e também com dirigentes da unidade, estabelecendo para a próxima segunda-feira, 13, audiência pública para debater a questão no Ministério Público Estadual, com participação de representantes da FHS, da direção do hospital e também da empresa terceirizada.

A promotora de justiça considera a situação preocupante. Além de irregularidades no fornecimento da alimentação, a promotora detectou precárias condições de trabalho na cozinha, um ambiente considerado sem ventilação. “Requisitamos inspeção da vigilância e fiscalização da Superintendência Regional do Trabalho”, informa a promotora.

Euza Missano: situação preocupante

Paralelamente, a promotora de justiça instaurou procedimento administrativo para apurar as denúncias e não descarta a possibilidade de ajuizar mais uma ação cível pública contra a Fundação Hospitalar de Saúde (FHS), que administra a unidade de saúde. “Tudo vai depender da audiência de segunda-feira”, diz a promotora.

Atrasos

O cozinheiro Elenaldo dos Santos confirmou as denúncias. Ele diz que o hospital não está servindo sopa aos pacientes por falta de legumes e verduras. “Falta até tomate e cebola”, diz. “A empresa diz que não tem fornecido porque a Fundação não está pagando o contrato”, revela.

Os servidores terceirizados também estão sofrendo as consequências, segundo o cozinheiro. Há servidores de férias sem receber a remuneração referente a 1/3 do salário, o vale transporte e o 13º salário estão atrasados”, diz. “O salário de dezembro foi regularizado”, comenta.

Nota

Em nota encaminhada ao Portal Infonet, a Fundação Hospitalar de Saúde (FHS) esclarece que o serviço já foi normalizado. “A diretoria estranha os motivos da paralisação dos funcionários e do fornecimento da alimentação”, considera a FHS, na nota. A Fundação informa ainda que o passivo que existia junto à empresa terceirizada para a prestação do serviço foi negociado e a situação foi resolvida no ano passado.

Na nota, o diretor administrativo e financeiro, Mário Ferreira, destaca que a FHS vem cumprindo com o acordo, inclusive revela que “o valor residual referente ao mês de dezembro já foi pago”. Na nota, o diretor declara solidariedade aos servidores e não descarta a possibilidade de acionar a empresa juridicamente.

Por Cássia Santana

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