Anestesistas continuam parados no Hospital de Cirurgia

Unidade de saúde mantém apenas cirurgias de urgência (Foto: Arauivo Portal Infonet)

Continuam suspensas as cirurgias eletivas no Hospital de Cirurgia. A suspensão deste tipo de atendimento ocorre desde a terça-feira da semana passada, dia 10, por iniciativa dos anestesistas, que paralisaram as atividades naquela unidade de saúde em decorrência dos débitos acumulados que ainda estão pendentes, segundo informações do presidente da Associação dos Anestesiologistas do Estado de Sergipe, Danilo Lima. Esta não é a primeira paralisação deste tipo de serviço nesta unidade de saúde neste ano.

A assessoria de imprensa do Hospital de Cirurgia confirma. De acordo com a assessoria, aquele hospital recebeu recentemente repasses federais no valor de R$ 2,4 milhões. Este volume de dinheiro, segundo a assessoria do Hospital de Cirurgia, foi suficiente para quitar a folha de pagamento dos servidores e negociar débitos com fornecedores, mas não houve condições de quitar débitos com médicos e anestesistas.

Como consequência, as cirurgias eletivas e os novos internamentos continuarão suspensos, mantidos apenas os procedimentos cirúrgicos de urgência. A data da normalização dos serviços ainda é imprecisa. Dependerá, segundo presidente da Associação dos Anestesiologistas, das negociações das faturas pendentes referentes a serviços acumulados desde o ano de 2015.

O valor deste débito não é divulgado, nem pela direção do hospital nem também pela Associação dos Anestesiologistas do Estado. "O montante é grande. Não precisa falar em valor, basta dizer as datas", oberva o presidente da Associação. Danilo Lima informa que há pendentes os repasses federais de 13 meses, entre 2015 e 2016, dos valores relativos à Autorização de Internação Hospitalar (AIH), hora trabalhada em alguns meses de 2015, entre outros. Quanto às AIHs, Danilo Lima diz que os recursos são repassados pelo Governo Federal ao hospital, mas a gestão da unidade de saúde deixou de repassá-los aos profissionais. "Neste ano, a última fatura que recebemos foi no mês de julho. Estamos no mês de outubro e nem recebemo agosto", enaltece.

Por Cássia Santana