Após alerta de superfungo, SES intensifica ações de prevenção em SE

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou Alerta de Risco após identificar o primeiro caso de Candida auris (C. auris) no país, fungo resistente que provoca infecção na corrente sanguínea e outras infecções invasivas em pacientes imunocomprometidos ou com comorbidades. O caso foi registrado em um hospital de Salvador/BA.

Em Sergipe, segundo o Diretor de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Marco Aurélio, não há casos confirmados, mas um alerta já foi emitido para os hospitais do Estado para intensificar as ações de prevenção às infecções hospitalares.

“O alerta é para todos os hospitais. O Núcleo de Segurança do Paciente da SES estimulou todos os hospitais a criarem sua vigilância, aumentar a possibilidade de diagnóstico de todas as infecções, fazer a busca de casos suspeitos, enviar todos para a cultura, porque é a cultura que determina o tipo de Candida, e intensificar as medidas de prevenção de infecção ligadas ao serviço de saúde de infecção hospitalar”, explica.

Marco Aurélio lembra que, por enquanto, o fungo não apresenta risco à população. A transmissão do fungo está limitada às pessoas internadas em unidades hospitalares causando infecção hospitalar.

“Inicialmente, isso não traz um risco para a comunidade externa do hospital, pois isso tem sido um agente de infecção hospitalar. Nenhum caso foi confirmado e nem identificado em Sergipe”, afirma.

De acordo com Marco Aurélio, a infecção pelo fungo Candida Auris já tem alerta mundial desde 2016. No Brasil, o primeiro caso registrado foi em um paciente da Bahia.

“Esse germe tem uma resistência a medicamentos que normalmente se utiliza para tratar fungo, mas ele é uma emergência em ambiente hospitalar. Esse caso descrito foi num hospital em uma ponta de catete venoso. O fungo estava causando uma infecção hospitalar no paciente que já vinha usado muito antibiótico. É a primeira vez do relato dele isolado no Brasil, mas inicialmente está se investigando se existe um surto ou se realmente é só um caso isolado do germe”, esclarece.

Por Karla Pinheiro