Mais de 50% das pessoas que pegam sepse morrem |
Um encontro interdisciplinar sobre a sepse foi realizado na manhã desta segunda-feira, 18, no auditório do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), reunindo profissionais, infectologistas e estudantes da área de saúde. Como a sepse é uma doença de preocupação no mundo todo e a capacidade de matar é muito elevada, mais de 50% das pessoas que pegam sepse e que tem sepse, morrem.
A coordenadora do Núcleo de Epidemiologia, Segurança do Paciente e Infecção Hospitalar (NESPIH/Huse), Iza Fraga Lobo, destacou o que pode ser feito para mudar o quadro. “O que pode mudar isso é a detecção rápida e precoce do paciente em sepse e o tratamento correto e tem que ser muito veloz, tem que ser feito nas primeiras 3 e 6 horas para que o paciente tenha chance de sobreviver e não evoluir para um choque séptico. A sepse é uma das principais causas de morte no Huse, como em todos os hospitais de urgência e hospitais gerais, então, é uma doença de grande frequência e impacto”, ressaltou.
Ela disse que existe um projeto organizado para iniciar uma campanha contra a sepse. “O nome é ‘Sobrevivendo à Sepse’, uma campanha que existe no mundo para salvar pacientes, porque a gente salva vidas com essas medidas simples, inclusive detectando a sepse com rapidez, depende da enfermeira, do técnico, de qualquer um que está assistindo o paciente. Identificar rapidamente o sinal de sepse e poder instituir as medidas com rapidez, porque quando a gente não retarda a medida de antibioterapia, coleta de cultura e administração de soro, a gente está dando chance de o paciente se recuperar, se a gente demorar mais de uma hora para dar o antibiótico, a mortalidade vai crescendo 10% a cada hora de atraso, por isso é importante a pessoa saber disso”, explicou Iza Lobo.
A intensivista do Huse, Luciana Villas Boas, explicou para os participantes como agir com um paciente após o diagnóstico de sepse. “É fundamental um tempo curto de condutas para que haja uma melhora clínica do paciente e assim diminuir a mortalidade, a exemplo do pacote de medidas de 3 horas, o pacote de 6 horas, conforme a orientação mundial e que é ajustado pelo Instituto Latino Americano de Sepse. A gente pontuou o que deve ser feito e como a gente pode melhorar esse atendimento”, informou.
Já a infectologista do Huse, Josephina Erreria, destacou a importância da antibioticoterapia na sepse. “Foi explicado o antibiótico que será administrado na sepse dentro do Huse, tanto para o paciente que vem da comunidade, como para o que está dentro do hospital, para que a gente aborde de forma correta e não perca paciente pela falta do tratamento certo e para que a gente não amplie demais esse medicamento e gere outro problema, que é a infecção hospitalar e bactérias multirresistentes. É um tema que deveria ser abordado todos os meses, pois muita gente adoece e engloba todos os profissionais de saúde desde o enfermeiro, técnico, fisioterapeuta, médicos até o farmacêutico”, comentou.
O enfermeiro e gerente da Área Vermelha do Huse, Luciano Lopes, definiu o encontro como sendo de extrema importância para os profissionais. “Acho de extrema importância, inclusive o tema foi sugerido por uma enfermeira da Área Vermelha. É muito válido essa abertura que estamos tendo com os colegas para debater temas de relevância, institucional, tratamento, terapêuticas, entre outros com os colegas”, concluiu.
Fonte e foto: SES
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