Audiência sobre serviço de radioterapia não avança

Equipamento de radioterapia (Foto: Arquivo Portal Infonet)

Após longa audiência na manhã desta segunda-feira, 20 para discutir os serviços de radioterapia no Hospital de Cirurgia e no Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), não houve avanço e a Promotoria de Saúde do Ministério Público Estadual (MPE) deverá entrar com uma Ação Cívil Pública nos próximos dias.

Na ocasião, o diretor-presidente do Hospital de Cirurgia, Gilberto Santos informou que a unidade de saúde é contratualizada pelo Município de Aracaju para a realização do serviço de radioterapia de pacientes com diagnóstico de câncer.

“O hospital é responsável pela radioterapia no Sistema 3D e o único no Estado a realizar o procedimento. O Município de Aracaju efetua o pagamento da radioterapia em 3D apenas para os pacientes com câncer de próstata em estágio I e II e do sistema nervoso central, não efetuando o pagamento das demais indicações clínicas para assistência em 3D. O Cirurgia vem acumulando prejuízos pois está realizando radioterapia 3D e recebendo como 2D”, ressalta lembrando que a irregularidade deve ser corrigida.

O representante do Sistema Interfederativo de Garantia de Acesso Universal, Jorge Henrique destacou que existem atualmente 360 pacientes com câncer aguardando em fila de espera para realização de radioterapia 3D e somente o Cirurgia realiza o tratamento 3D. “Dos 360 pacientes, 259 são tumores de próstata e 41% de câncer de mama. Há casos de pacientes com câncer de próstata aguardando desde março de 2012”, afirma acrescentando não saber porque as pacientes com câncer de mama estão na fila do Sigau, já que a indicação é para tratamento em 2D.

Segundo a técnica em radioterapia do Huse, Valdice Ferreira, a fila de espera para o tratamento radioterápico mantém paciente há mais de um ano aguardando a realização do procedimento, muitas vezes perdendo a indicação do tratamento.

Já o representante do Nucaar, William Giovani Soares, afirmou que mais de 80% da fila é constituído  por pacientes com câncer de próstata e tumor no sistema nervoso central  e que não tem qualquer controle sobre o estágio dos tumores de próstata. “O município paga tão somente a radioterapia 3D com base no protocolo do Ministério da Saúde e não vislumbra alternativa para a realização da radioterapia 3D em pacientes com indicação médica, por falta de estrutura física adequada no Estado de Sergipe para atender à demanda”, enfatiza.

Recentemente, a Secretaria de Estado da Saúde informou que “por conta do objetivo de diminuir as filas e facilitar o atendimento, no final do ano passado a Secretaria de Estado da Saúde (SES) providenciou o equipamento 3D que, segundo a direção de logística da SES, tem previsão para chegar até o final do mês de maio”.

A audiência foi presidida pela promotora Euza Missano.

Por Aldaci de Souza

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