Na semana passada, a Prefeitura de Aracaju anunciou reajuste para pagamento da hora trabalhada para médicos e mesmo assim ainda não conseguiu atrair profissionais habilitados para formar as escalas de plantão e garantir a reabertura da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Fernando Franco, na Zona Sul de Aracaju.
De acordo com informações da assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Aracaju, o valor da hora passou para R$ 100, na semana, e R$ 120 nos fins de semana e mantém o credenciamento para pessoa jurídica em vigor para a contratação de profissionais habilitados em pediatria e em clínica geral.
Mesmo assim, o credenciamento não tem alcançado o objetivo da Prefeitura de Aracaju e a UPA permanece sob interdição ética do Conselho Regional de Medicina (CRM). Embora interditada, a UPA mantém profissionais trabalhando, mesmo que em número insuficiente para fechar as escalas de plantão, disponíveis exclusivamente para atender a casos de extrema urgência, segundo a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
O Conselho Regional de Medicina está aguardando informações da Prefeitura de Aracaju quanto às escalas médicas e garante que não pode fazer qualquer outro pacto com o município porque estaria, inclusive desrespeitando decisão judicial. De acordo com o fiscal do CRM, Gustavo Melo, há decisão judicial estabelecendo número mínimo de três pediatras para manter o atendimento naquela unidade.
O presidente do CRM, Jilvan Pinto, lamenta a situação e alerta que na última fiscalização realizada no domingo constatou ausência completa de pediatras e cirurgiões. O CRM não opina quanto à oferta salarial ou com o vínculo do profissional com a rede municipal, mas está vigilante quanto ao número mínimo de profissionais que devem trabalhar em cada plantão.
por Cassia Santana
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