Bornout: aumento de casos chama atenção para o excesso de trabalho

O home office precisa ser algo que o trabalhador esteja preparado e confortável para não sofrer nenhum problema (Foto: Freepik)

Com o advento da pandemia no Brasil, as relações de trabalho tiveram modificações precisas e sentidas por diversas categorias. Por conta disso, o aparecimento de casos da Síndrome de Burnout, também conhecida como Síndrome do Esgotamento Profissional, tem sido observado por profissionais da área de saúde.

A Síndrome de Burnot é uma doença caracterizada basicamente pelo excesso de trabalho aliado aos diversos fatores da vida laboral. “O termo Burnout quer dizer ‘exaustão por completo’, devido ao excesso de trabalho. Muitas vezes a pessoa que está sofrendo Burnout não percebe. Os sintomas são vinculados ao stress, cansaço, dor de cabeça, insônia, falta de apetite ou excesso, são vários sintomas possíveis”, diz o psicólogo Naldson Melo, presidente do Conselho Regional de Psicologia (CRP19).

O diagnóstico da síndrome é complexo, mas existem meios de tratar a doença segundo Naldson. “Para minimizar é preciso identificar os processos dentro do trabalho que estão causando esse stress. Muitas vezes são stress desnecessários e que podem ser contornados. A maneira mais eficaz de aliviar é ter válvulas de escape na vida particular, como momentos de lazer, atividades física e em alguns casos se faz necessário o afastamento do trabalho através de licença médica”, explica o psicólogo.

Psicólogo Naldson Melo, presidente do Conselho Regional de Psicologia (Foto: divulgação)

Um estudo realizado pela Fiocruz em 2020, no Brasil e na Espanha, apontou que 47,3% dos trabalhadores de serviços essenciais apresentaram sintomas de ansiedade e depressão. “Com a pandemia se evidenciou com mais lucidez, mas antes da pandemia as categorias mais afetadas por Burnout eram professores da educação, profissionais de saúde e da segurança pública. Com a pandemia, principalmente a área da saúde foi afetada e os professores que tiveram que se adaptar. Causou um stress excessivo que levou à exaustão”, comenta Naldson.

A improvisação do trabalho para as categorias que tiveram que lidar como o home office também foi um fator que afetou muitos profissionais. “As relações interpessoais durante o trabalho podem contribuir. O que eu tenho percebido é que muitas pessoas tem se sentido piores com o trabalho remoto. Por ser home office, muitas pessoas estão trabalhando, 10, 12 e 14 horas por dia. E por estar em casa tem as atividades domésticas que acabam contribuindo para esse processo de cansaço” completou Naldson.

Por Milton Filho e Aisla Vasconcelos

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