Calvície masculina tem solução com novas técnicas

Cirurgião plástico, Ricardo Araújo, explica evolução do implante capilar que causa um visual mais natural (Foto: Jadilson Simões)

A preocupação com a queda dos cabelos já não é de hoje. O grande imperador Júlio Cesar tinha como hábito diário usar uma coroa de louros para esconder a calvície, além das poções medicinais preparadas por Cleópatra. Embora o cabelo não seja fundamental para sobrevivência humana, a sua integridade se reflete fortemente no padrão cultural dos dias de hoje, principalmente sob a ótica social, estética e psicológica, influenciando, definitivamente, na autoestima do paciente calvo.

A calvície masculina (tecnicamente chamada de alopecia androgenética) é o tipo mais comum de perda de cabelo e representa o diagnóstico primário na maioria dos candidatos a um transplante capilar. Calvície é uma queda de cabelos produzida pela ação dos andrógenos (testosterona) circulantes. É uma deficiência de cabelos geneticamente determinada. É condicionada por um gene autossômico com padrão fenotípico influenciado pelo sexo, sendo dominante no homem e recessivo nas mulheres.

Segundo o cirurgião plástico especialista em restauração capilar, Dr. Ricardo Araujo, a calvície não é um processo agudo de queda repentina dos cabelos.  O que realmente ocorre é a miniaturização progressiva dos fios, ou seja, a transformação de fios grossos em fios finos e cada vez mais curtos. “Inicia-se na região das têmporas (entradas), e evolui acometendo toda superfície do couro cabeludo até a coroa (vertex). Os hormônios são fundamentais no desenvolvimento da calvície. Entretanto, os estudos sempre demonstraram que os níveis de testosterona dos calvos são os mesmos dos não calvos”, disse o médico, que atualmente também é diretor técnico do Huse.

As primeiras cirurgias para restauração capilar surgiram no oriente nas décadas de 30 e 40. No entanto, foi com Norman Orentreich, nos anos 50, publicou uma técnica rudimentar para transplantar cabelos. Essa técnica consistia na retirada de “rodelas” de cabelo, de aproximadamente 4 mm da área doadora, com um instrumento chamado “punch”. Na área calva, estas mesmas “rodelas” eram retiradas e preenchidas pelas que haviam sido colhidas da área doadora. Surgia aí o transplante capilar, o qual apesar de revolucionário para a época culminava em resultados estéticos sofríveis, pois se transplantavam tufos de cabelos que continham até 20 fios de cabelos cada um e, no final, o que se tinha era um resultado artificial que ficou conhecido como “cabelos de boneca”.

Com o passar dos anos houve uma grande evolução nas técnicas da cirurgia de calvície, na busca sempre de resultados cada vez mais naturais e harmoniosos. “Atualmente, a Técnica das Unidades foliculares é considerada o ‘estado da arte’ em transplante capilar, consiste em unidades contendo de um a quatro fios de cabelo, respeitando a forma como são removidas da área doadora e, dessa forma, redistribuídas na área calva. É a técnica mais refinada e que nos permite resultados naturais e a criação de linhas frontais muito naturais e estilizadas, ao contrário de técnicas mais antigas. Dessa forma, colocou-se um fim nos tão temidos ‘cabelos de boneca’”, contou o médico.

De acordo com Dr. Ricardo, essa técnica exige pessoas treinadas e microscópios específicos para esse tipo de cirurgia, normalmente uma sessão dura em torno de seis horas e são implantados em média seis a sete mil fios, dependendo da área doadora do paciente, pois os fios são retirados do próprio paciente. “A grande vantagem dessa cirurgia é que esses fios implantados não sofrem ação hormonal, ou seja, nunca mais caem. Eles crescem em média 0,6 cm por mês e podem passar por processos químicos, tão comuns hoje, como alisamento e tintura”, acrescentou.

“A cirurgia é realizada com anestesia local associada a uma sedação assistida pelo anestesista. O paciente dorme durante todo o procedimento. Algumas horas após o término da cirurgia, o paciente estará apto a retornar ao seu domicílio. E em relação à dor no pós-operatório, é praticamente inexistente. O retorno às suas atividades diárias ocorre em média após três dias da cirurgia”, esclareceu.

A possibilidade de mais etapas cirúrgicas existe e deve ser sempre aventada ao paciente, principalmente nas calvícies mais extensas e naqueles com desejo de muito preenchimento. Lembrar que o cabelo transplantado começa a crescer a partir do segundo mês, atingindo um resultado final após um ano. A moderna cirurgia de calvície conseguiu contradizer até Shakespeare, que hoje não diria: “Quem é calvo por natureza em tempo nenhum recupera o cabelo”.

Fonte: Assessoria de Imprensa

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