Câncer de cabeça e pescoço pode atingir cura em até 90% dos casos

Médica oncologista Renata Reis, da equipe Onco Hematos que integra a Rede AMO (Foto: Divulgação OncoHematos)

Dia 27 de julho é o Dia Mundial de Conscientização e Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço, cuja cura pode alcançar até 90%, mas para isso é fundamental o diagnóstico precoce da doença. Essa estatística estimulou o surgimento de campanhas de conscientização junto à população, como o Julho Verde. Verde da esperança!

De acordo com a médica oncologista Renata Reis, da equipe Onco Hematos que integra a Rede AMO, Assistência Multidisciplinar em Oncologia, os cânceres de cabeça e pescoço em geral são aqueles que surgem em estruturas das cavidades nasal, oral ou do pescoço, sendo os mais incidentes aqueles que acometem primariamente a cavidade oral ou laringe. A grande maioria é composta por tumores de células escamosas e aproximadamente 30 a 40% dos casos são diagnosticados em estágios iniciais. “A sobrevida desses pacientes pode chegar a 90% em cinco anos. Mundialmente, os cânceres de cabeça e pescoço são responsáveis por 5.7% das mortes relacionadas ao câncer. Países de baixa e média rendas apresentam maiores incidência e mortalidade”, explicou a especialista.

Com relação aos fatores de risco para a doença, a médica Renata Reis destaca o tabagismo e o etilismo, como também a infecção por HPV. “Por esse motivo, apesar das maiores taxas de prevalência em homens idosos, a incidência vem crescendo em pacientes jovens não tabagistas. Outros fatores de risco incluem exposição à radiação, deficiências de vitaminas, doença periodontal, imunossupressão e outras exposições ambientais e ocupacionais”, detalhou a oncologista clínica.

No que se refere aos sintomas e sinais, a oncologista descreve que os mais comuns são a tosse, dor de ouvido, dificuldade ou dor para engolir, feridas na boca ou nariz que não cicatrizam, crescimento de caroços no pescoço, rouquidão, perda de peso, além de tosse com sangue e falta de ar.

A avaliação inicial é feita por um cirurgião de cabeça e pescoço, levando-se em consideração inicialmente a história clínica do paciente, já as lesões na cavidade oral são facilmente identificadas por um odontólogo nas consultas de rotina. A doença é diagnosticada através de biopsia da lesão suspeita e de exames complementares e específicos a exemplo da tomografia computadorizada, ressonância magnética ou até mesmo o PET-CT. O tratamento pode envolver cirurgia, radioterapia e/ou quimioterapia e o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar.

A estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) para este ano de 2022 é de que surjam 36.620 novos casos de câncer de cabeça e pescoço, incluídos nesse total os tumores de boca (cavidade oral), laringe e tireoide.

Fonte: Ascom/OncoHematos

 

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