“Não há lugar que não doa”. Geralmente é com essa frase que pacientes chegam ao consultório. Dores em todo o corpo, cansaço exacerbado, sono não reparador, problemas de memória, concentração e ansiedade podem ser sintomas de fibromialgia – uma doença que se manifesta entre 2,5 e 5% da população brasileira.
“A dor desse paciente é maior que a de outras pessoas”, destacou o médico reumatologista José Caetano. De acordo com o profissional, a dor amplificada compromete todo o corpo, até mesmo a coluna. “Numa escala de 0 a 10, a dor do paciente é 8. Essas pessoas estão sempre cansadas, mesmo sem esforço físico, e desanimadas, além de não terem um sono reparador, que é quando você já acorda cansado. Outros sintomas são a sensação de mão inchada, cãibras, alterações intestinais e na uretra”, explicou o médico.
O que causa?
Em geral, a fibromialgia atinge mulheres de 25 a 55 anos. “O índice é 5 a 9 vezes maior do que em homens”, comenta o reumatologista. “A principal causa é genética, mas há outras como traumas psíquicos, físicos e quadros infecciosos”, diz. Em alguns casos, até o estresse gera dor.
Diagnóstico e Vida Social
A descoberta da doença não é simples, já que não há exames que detectem a patologia. “A fibromialgia vai ser definida entre consultas entre o médico e o paciente, já que a nível laboratorial e radiográfico não é possível diagnosticar”, disse.
“Como eles não têm nada externamente que aponte a doença, pode ter problemas sociais”, alerta José Caetano. “É importante que as pessoas acreditem nele [paciente]”, reforçou.
Uma vez diagnosticados, o reumatologista passa a indicar exercícios físicos aeróbicos, como um primeiro plano, em segundo, o tratamento da doença é feito a partir de medicamentos, entre eles, os antidepressivos.
Por isso, o Hospital Universitário (HU), desenvolveu, nesta sexta-feira, 5, um evento para que os pacientes conheçam a fibromialgia. “O intuito é que eles aprendam sobre a doença e gerencie os seus sintomas”, explicou a enfermeira Taís Menezes.
Maria Aparecida Santos, 57, foi diagnosticada com a doença há 10 anos. “Há dias bons e dias ruins. No início foi muito difícil um diagnóstico, mas depois minha rotina melhorou com a prática de exercícios moderados. Hoje consigo viver melhor”, revelou a paciente do HU.
Caso você apresente os sintomas, a orientação profissional é procurar, de imediato, um médico. De preferência, um reumatologista.
por Jéssica França
Portal Infonet no WhatsApp
Receba no celular notícias de Sergipe
Acesse o link abaixo, ou escanei o QRCODE, para ter acesso a variados conteúdos.
https://whatsapp.com/channel/
0029Va6S7EtDJ6H43
FcFzQ0B