Dr. João Augusto, preocupado com a situação (Fotos: Arquivo Portal Infonet) |
Os inúmeros problemas na Saúde do Estado de Sergipe levaram o Sindicato dos Médicos (Sindimed) e as Entidades Médicas a não esperar somente pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que poderá ser instalada na Assembleia Legislativa de Sergipe, por meio de requerimento da deputada Goretti Reis (DEM) e apelar para o Ministério da Saúde, a Controladoria Geral da União (CGU), Ministério Público Federal (MPF) e o Tribunal de Contas da União (TCU).
Os médicos pretendem entregar um relatório às entidades federais, mostrando a situação de “caos”, instalada, segundo eles, principalmente por conta das fundações de saúde. A assessoria jurídica do Sindimed está juntando no documento todas as peças, a exemplo de denúncias por meio da imprensa e de Ações Civis Públicas impetradas pelo Ministério Público Estadual (MPE).
Segundo o presidente do Sindicato dos Médicos do Estado de Sergipe (Sindimed), João Augusto Alves, o dossiê já está sendo preparado.
Glória Tereza: "Crônica anunciada" |
“Estamos em fase de elaboração e esperamos terminar em duas ou três semanas. Foi solicitado ao setor jurídico de juntar todas as denuncias, problemáticas e ações judiciais para servir de embasamento nestes órgãos competentes das quais iremos solicitar a intervenção em nosso Estado’, disse João Augusto, nomeando os órgãos Controladoria Geral da União (CGU), Ministério Público Federal (MPF) e o Tribunal de Contas da União (TCU)”, explica.
João Augusto acrescentou que além destes órgãos principais o documento elaborado pelo Sindimed será remetido ao Conselho Regional de Medicina (CRM) para que o mesmo faça as fiscalizações devidas.
“Existe diferença entre o que fora solicitado pelo Ministério Público Estadual (MPE) e o que está sendo solicitado pelo Sindimed. O MP solicitou que o estado reassumisse o gerenciamento da Fundação. A nossa crítica no tocante a isto é que o Estado é a própria Fundação. É como trocar seis por meia dúzia, mas existe outro ponto da Ação — que existe toda a concordância do Sindicato com o Ministério Público Estadual — que é para fazer o levantamento e a auditoria de toda administração do setor saúde, pelas fundações. Isto está correto, agora, o Estado, reassumir a Fundação, não vai apurar porque os gestores serão os mesmos”, entende.
Crônica
Para a diretora do Sindimed, Glória Tereza Lopes, a situação já era uma crônica anunciada no início das Fundações de Saúde. “O Sindicato dos Médicos já alertavam aos gestores do que ia acontecer, mas nós não fomos ouvidos, levados a crédito, para participar da construção daquela reforma sanitária que Rogério Carvalho e sua equipe apregoavam para o nosso Estado. E em cima disso, se reelegeu o governador, elegeu a si próprio”, destaca Glória Tereza.
“Nós queremos que o Governo apresente as contas, queremos que se abra a caixa preta que se tornou a saúde do nosso Estado, quando tantos recursos chegaram, foram mal gastos, mal aplicados e hoje, o Governo fica pedindo empréstimos para cobrir os rombos que ele mesmo efetuou. Em termos de recursos o Hospital João Alves em dois anos recebeu em torno de R$ 700 milhões e não funciona na sua plenitude”, lamenta.
Por Aldaci de Souza
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