Carnaval exige cuidados na hora de comer e beber

Gilcelio ressalta importânica da hidratação (Foto: Arquivo Portal Infonet)

Quase todo mundo tem uma história de Carnaval – alguns, entretanto, não podem ir muito além da folia estragada devido à falta de cuidados na hora de comer ou beber quando contam as suas. Para aproveitar o máximo da festa de Momo, a regra é simples: beber bastante água e ficar atento a tudo que ingerir, principalmente se estiver fora de casa.

De acordo com o nutricionista Gilcelio Almeida, a desidratação é um dos maiores vilões do Carnaval. “Quando você tem redução de 5% a 10% de água no organismo, pode sentir dor de cabeça, tontura, náusea, podendo chegar a vomitar, principalmente de estiver ingerindo bebida alcoólica”, disse.

Garantir a hidratação do corpo durante o Carnaval, segundo Almeida, envolve lembrar que o clima nesta estação é bastante quente – o que faz o corpo perder água mais facilmente – e que bebidas com teor alcoólico também são agentes da desidratação. Para reverter esse cenário, nada melhor do que água em abundância – mas sem perder os critérios. “Em um evento, o ideal é usar água mineral ou de procedência conhecida para evitar infecções. De preferência, deve se fazer uma higiene, com água limpa, da boca da garrafa para evitar sujidades”, recomenda o nutricionista.

Para quem gosta, a água de coco também é uma boa opção para conservar a saúde. Gilcelio Almeida informa que, se consumida em grande quantidade e durante um período de tempo maior, a bebida pode alterar os níveis de gordura do corpo, mas não há nenhum problema se ela for tomada com moderação no Carnaval. Uma quantidade diária entre 200ml e 300ml é a ideal, na opinião de Gilcelio.

Carboidratos

Quem quer manter a energia até a Quarta-Feira de Cinzas tem que comer bem. E reforçar o consumo de carboidratos – ou seja, alimentos como pães, massas e raízes –, que dão força ao organismo, é fundamental.

O cuidado com a bebida também é importante aqui. “Além do efeito tóxico ao fígado, ela inibe o apetite. Como o álcool se comporta como carboidrato, você come menos. Isso pode causar uma hipoglicemia”, esclareceu Almeida. Segundo ele, as tão comuns entradas em atendimentos de urgência durante os períodos de festa não são ‘comas alcoólicos’, mas casos de níveis baixos de glicose no sangue.

Além de dar esse alerta, o nutricionista pede que os foliões prestem atenção às condições de higiene dos locais de venda de comida, e que escolham bem o que vão ingerir. “Comidas que tenham caldos, como cachorros-quentes, devem ser evitados. Como têm muita água, a probabilidade de proliferação bacteriana é maior”, apontou.

Gilcelio lembrou ainda que produtos com maionese, por serem feitos com ovo cru – um prato cheio para as bactérias do gênero Salmonella – também fazem parte da lista negra das iguarias de rua. Para fazer um lanche saudável, prefira pratos quentes e assados na hora, como os sanduíches mistos tostados.

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