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O chefe da Controladoria Geral do Município (CGM), Lion Rodrigues Schuster, reuniu a imprensa na manhã desta sexta-feira, 12, para revelar o que classificou como “esquema da gestão passada", que causou prejuízo estimado inicialmente em R$ 2 milhões ao erário público, principalmente por conta de medicamentos e leites vencidos.
Lion Schuster explicou que após auditoria realizada pela equipe técnica da CGM na Secretaria Municipal de Saúde, por conta de denúncias veiculadas na imprensa, ficou constatada a existência de 32 toneladas de medicamentos com prazo de validade do ano de 2000.
“Isso sem contar com aparelhos de ar condicionado sem instalação e utilização, aquisição de autoclaves inadequados e um sistema de compra, armazenagem e distribuição de material sem o devido controle. Não cabia fazer essa compra, ressalta Lion Schuster.
Remédios e latas de leite serão incinerados |
O titular de CGE explicou que, com a aquisição de 62 autoclaves [aparelhos utilizados para esterilizar artigos através do calor úmido sob pressão] o dano causado ao erário público foi de R$ 434 mil 650. “A auditoria descobriu que dos 62 aparelhos, 19 ainda não foram utilizados e seis são inadequados, o que totaliza 25 unidades obsoletas, por conta do desmando administrativo.
Punições
Lion Schuster deixou claro que os gestores públicos da administração passada deverão ser responsabilizados pelas práticas de irresponsabilidades e garantiu que os órgãos de controle externo irão apurar a antijuridicidade dos fatos e as lesões causadas ao patrimônio público.
Autoclaves foram considerados inadequados |
“Depois das denúncias eu levantei dados, apresentei junto com meu grupo de trabalho e entreguei ao Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual, Procuradoria Geral do Estado, Tribunal de Contas da União e Tribunal de Contas do Estado, para que as providências sejam tomadas. Nós analisamos, descobrimos os erros e agora vamos aguardar as providências”, destaca.
Leite vencido
Segundo ainda o chefe da Controladoria Geral do Município, além dos remédios fora da data de validade, foram encontradas várias latas de leite vencidas. “Encontramos centenas de latas de leite especial, que custa em média R$ 500 cada e foram doadas pelo Governo Federal. O que mais me revolta é que várias crianças podem ter morrido desnutridas, porque não distribuíram o leite”, lamenta.
Lion Schuster apresenta dados à imprensa (Foto: Portal Infonet) |
Ele acrescentou que não existe empresa em Sergipe especializada na incineração dos produtos vencidos.
“Nós vamos abrir uma licitação para mandar os produtos até uma cidade no Estado da Bahia. Isso encarece muito. Para se ter uma ideia, vamos gastar R$ 600 mil só para incinerar e o pior é que os postos de saúde estão devolvendo mais remédios vencidos o que comprova que os prejuízos serão ainda maiores”, denuncia Lion Schuster lembrando que já existe um cronograma de auditorias e que a próxima será no Hospital de Cirurgia.
Por Aldaci de Souza
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