Ciatox atendeu mais de 250 casos de intoxicações e envenenamentos

Em 2020, Ciatox registrou 910 vítimas por intoxicação envolvendo escorpiões (Foto: SES)

O Hospital de Urgência Governador João Alves Filho (Huse), unidade referência em procedimentos de média e alta complexidade mantém há 20 anos, o Centro de Toxicologia de Sergipe (Ciatox), gerenciado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), especializado para atender os casos de pacientes vítimas de intoxicações, envenenamentos, ingestão de plantas venenosas, produtos tóxicos, medicamentos e animais peçonhentos como cobras, aranhas e escorpiões.

De acordo com coordenador do Ciatox, João Francisco, o centro tem o objetivo de orientar os profissionais da área da saúde das Redes de Urgências e Emergência das instituições públicas e privadas, bem como a população sergipana em geral, sobre como devem ser feitos os atendimentos às vítimas de acidentes com animais como peçonhentos.

De janeiro a novembro de 2023, o Ciatox recebeu 267 notificações. Destas, foram 134 picadas por escorpiões, 61 registros de intoxicações por medicamentos e 51 vítimas por outros animais peçonhentos, entre outros casos.

“O Ciatox é um estabelecimento credenciado no Ministério de Saúde, com Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (Cnes). O serviço funciona nas dependências do Huse, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, formado por uma equipe multidisciplinar composta por médicos, enfermeiros, biomédicos, auxiliares administrativos, técnicos e auxiliares e enfermeiros”, explica o coordenador.

Ainda de acordo com João Francisco, o Centro de Toxicologia objetiva dar suporte clínico a médicos da Rede de Urgências e Emergências nas Unidades públicas e privadas do estado, no controle dos soros e antídoto com dispensação a toda rede, além de educação continuada aos trabalhadores de saúde interno e externo de todo estado.

A médica Elma Amorim, da equipe do Centro de Toxicologia, lembra que algumas dicas são importantes para que o tratamento seja eficiente. Segundo ela, o paciente deve ser encaminhado imediatamente para qualquer Unidade Básica de Saúde. A médica explica que se a vítima foi picada por animais peçonhentos, o ideal é que a espécie seja capturada e levada em um frasco para que o profissional veja qual o procedimento adequado, pois isso ajuda na precisão do diagnóstico.

“Deve ser feita a soroterapia específica preconizada para os acidentes moderados e graves, pois vai inibir a ação do veneno naquele local já que ele age no sistema circulatório e nervoso. Então, quanto mais rápida for feita essa soroterapia, a gente consegue ter um prognóstico melhor para esse paciente”, enfatiza.

Prevenção

Algumas medidas preventivas devem ser adotadas para evitar que o animal se esconda em entulhos. Portanto, a limpeza constante do jardim e da casa são essenciais, segundo Elma. “Também é preciso ficar atento aos troncos secos de árvore, telhas, ralos de banheiro, fresta de portas e aos alimentos. Por exemplo, é extremamente importante realizar a dedetização, visando eliminar o alimento do escorpião, já que a dedetização para o escorpião em si tem muita eficácia”, afirmou.

Assistência

Vale lembrar que em qualquer ocasião por intoxicação, a vítima deve procurar o hospital mais próximo para atendimento e precisão no diagnóstico ou entrar em contato gratuitamente com o Ciatox pelo telefone 0800-722-6001 para qualquer orientação. O contato é gratuito e deve ser imediato. Além do 0800, o Ciatox disponibiliza o telefone (79) 3216-2677. É importante estar atento aos sintomas como dor local, dor abdominal, salivação excessiva, vômito, aumento da pressão arterial, entre outros.

Fonte: Governo de Sergipe

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