“Sou doador de órgãos”. Este é o tema da campanha desenvolvida pela Central de Transplantes de Sergipe, órgão da Secretaria de Estado da Saúde (SES), em alusão ao Setembro Verde, mês de incentivo sobre a importância da doação. Nesta quinta-feira, 27, Dia Nacional de Doação de órgãos, das 9h às 12h e das 14h às 17h a Central realiza palestras com os profissionais de saúde e estudantes no auditório do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse).
De acordo com o coordenador da Central de Transplantes de Sergipe, Benito Fernandez, o intuito é sensibilizar a população sergipana para a importância da doação de órgãos para que o assunto se torne uma rotina, sobretudo, nas rodas de conversa das famílias, dos amigos, entre os professores e em todas as áreas da sociedade.
“Vamos mostrar o panorama da doação de órgãos no Brasil e em Sergipe, falar sobre a importância do profissional de saúde no processo de captação e sobre o acolhimento aos familiares de possíveis doadores. À noite falaremos para professores e estudantes da Faculdade de Sergipe (Fase), quando iremos destacar uma questão que a sociedade precisa ter consciência: que qualquer pessoa pode, em um momento de sua vida, precisar de um transplante. E qualquer pessoa pode ser um doador”, enfatizou Fernandez.
A campanha Setembro Verde é uma mobilização realizada no país todos os anos com o objetivo de evidenciar a importância e a necessidade da doação de órgãos que salvam ou melhoram a qualidade de vida de pessoas que precisam de um coração, rim, pele, córnea, fígado, enfim, de um órgão.
Sergipe
O cenário da doação de órgãos em Sergipe melhorou neste ano se comparado a 2017, mas ainda não é possível considerá-lo favorável. Segundo Benito, o estado está com 4,5 doadores por um milhão de habitantes, enquanto no contexto nacional esse número pula para 16 por um milhão de habitantes. “Mas estamos melhorando. O que a gente precisa para mudar esse panorama é que todo mundo converse sobre doação de órgão”, sugeriu.
“Nossa vontade é que o tema doação de órgãos se torne um diálogo entre as pessoas e que estas expressem aos seus familiares o desejo de se tornar um doador porque assim é mais fácil as famílias autorizarem a retirada de órgãos após a morte cerebral do ente querido”, justificou o desejo o coordenador da Central de Transplantes, Benito Fernandez.
De acordo com os dados da Central de Transplantes, este ano houve um aumento de 30% nos transplantes de córneas. Em todo ano passado foram 165 procedimentos e em 2018, de janeiro a agosto já são 161. No entanto, ainda há uma fila de 189 pessoas porque, como destaca Benito Fernandez, a lista é sempre crescente.
Transplante
O processo começa com o diagnóstico de morte encefálica do paciente, que é de notificação compulsória pelos profissionais de saúde à Central de Transplante de Sergipe, que por sua vez realiza a entrevista familiar. Recebendo a autorização para o procedimento, é feita a captação dos órgãos e em seguida o transplante, segundo relacionou Benito Fernandez. Ele salientou que após a retirada dos órgãos o corpo é reconstituído, obedecendo a lei que proíbe que o cadáver fique deformado, ainda que tenha passado pelo Instituto Médico Legal.
Uma das linhas de trabalho da Central de Transplantes de Sergipe são as ações educativas que visam sensibilizar as pessoas sobre a temática da doação de órgãos e angariar adesões à causa. Por isso, profissionais da unidade realizam palestras em escolas, igrejas, associações de bairro, condomínios e empresas. Os interessados podem entrar em contato pelo telefone 3259-2899.
Fonte: SES
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