Cirurgia deixa de realizar cerca de 200 atendimentos

(Foto: Arquivo/Portal Infonet)

Em virtude da falta de pagamento aos anestesiologistas e consequente suspensão dos processos cirúrgicos no Hospital de Cirurgia desde a última segunda-feira, 13, cerca de 200 procedimentos eletivos deixaram de ser feitos na unidade. De acordo com a assessoria de comunicação do hospital, embora tenha ocorrido o repasse de R$ 2,8 milhões na última semana por parte da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o não pagamento do débito total de R$ 7,7 milhões está impossibilitando o suprimento de diversas necessidades, a exemplo de compra de medicamentos, insumos e pagamento de funcionários.

“Representantes do hospital e da secretaria estão mantendo diálogos constantes sobre as problemáticas referentes aos repasses, o que reflete no problema enfrentado pelos anestesiologistas da unidade e por outros funcionários que não receberam o pagamento a ser efetuado no último dia 13. A maior parte dos anestesiologistas estão vinculados a uma cooperativa e o hospital não dispõe de recursos para efetuar os valores devidos à mesma”, declarou o assessor Márcio Alexandre.

De acordo com Márcio, pelo menos dois anestesiologistas, esses inseridos na folha de pagamento do Hospital de Cirurgia, estão em atividade. “Os procedimentos mais comuns são os vasculares e ortopédicos e como as cirurgias suspensas são as que podem ser adiadas, mantivemos o pleno atendimento dos casos de urgência, mediante apoio dos dois profissionais que permanecem atuando”, ressaltou o assessor, considerando a improbabilidade de uma superlotação no Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), que administra casos de alta complexidade.

SMS

Segundo a assessoria de comunicação da SMS, a responsabilidade pelo pagamento dos profissionais que paralisaram atividades no Hospital de Cirurgia não é da secretaria. “O repasse de R$ 5 milhões referente ao mês de dezembro, foi feito no ultimo dia 14, cuja verba é proveniente do Ministério da Saúde. Os repasses efetuados pela SMS, por sua vez, são feitos para prestadores, no caso, o hospital, responsável pelo pagamento de funcionários e outras atribuições”, destaca a assessora Cristina Rochadel.

A assessora aponta também para o débito estadual para com o município até o mês de janeiro, orçado em mais de R$ 19 milhões. “Enquanto o Estado não pagar o que deve ao Município, não há como discutir as pendências referentes a 2012, a exemplo dos que somam R$ 4 milhões a serem destinados ao Hospital de Cirurgia e Santa Isabel. O objetivo maior da secretaria é concentrar esforços para pagamentos a partir de 2013, conforme repasses feitos pelo MS, uma vez que torna-se impossível o pagamento de débitos antigos e atuais ao mesmo tempo”, acrescentou Rochadel.

Fenam

Para o presidente da Federação Nacional dos Médicos/Regional Nordeste (Fenam), José dos Santos Menezes, mesmo com a paralisação dos anestesiologistas no Hospital de Cirugia há alguns dias, existem cirurgias eletivas agendadas há mais de seis meses. “Em meio às partes que tratam pelos impasses referentes aos repasses de recursos está a população que nada tem a ver com os desmandos na área da saúde, o que inclui a contratação de entidades conveniadas pelas gestões públicas. A problemática enfrentada pelo Cirurgia não está distante da superlotação mais intensa no Huse”, garante o presidente.

Huse

A direção do Hospital de Urgências de Sergipe (Huse) esclareceu, através de nota, que não recebeu pacientes do Hospital Cirurgia. No entanto, os pacientes que estão no Huse, com perfil de transferência para o Cirurgia, estão sendo atendidos no próprio Huse mediante a reorganização do fluxo interno, para não comprometer a assistência.

Por Nubia Santana

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