Audiência ocorreu nesta quinta-feira, 8 (Fotos: Portal Infonet)

Uma audiência de caráter emergencial foi realizada na manhã desta quinta-feira, 8, no Ministério Público Estadual (MPE) para discutir sobre as medidas a serem tomadas referente a uma dívida trabalhista do Hospital Cirurgia do ano de 2006 a tentar evitar uma desassistência na unidade de saúde.

Participaram da audiência a promotora de justiça do MPE, Euza Missano, o superintendente do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), Dr. Francisco Claro e o diretor do Hospital de Cirurgia, Dr. Gilberto Santos.

Em audiência o diretor do Hospital Cirurgia, Gilberto Santos, informou que todas as medidas já estão sendo tomadas via judicialmente para reverter à situação.

“Vamos mobilizar o nosso setor jurídico visando encontrar um entendimento judicial que permita o hospital ter acesso aos créditos pelos serviços que ele presta a população. A segunda providência, nós tivemos ontem uma reunião com o corpo clínico do hospital. Nessa reunião a gente conseguiu um espaço de tempo relativamente curto, mas suficiente para que a gente possa entrar com essas medidas judiciais. É importante trazer a conhecimento da população que essa expectativa de bloqueio ela já deixa o hospital numa situação de sequer poder honrar seus compromissos com os profissionais e com as empresas, muitas delas fornecedoras de mão de obra ou insumos necessários para as necessidades imediatas do hospital”, diz o diretor.

Diretor do Hospital Cirurgia, Dr Gilberto Santos

Para tentar solucionar o problema o Hospital de Cirurgia ofereceu em garantia um bem patrimonial, um prédio onde funciona a escola de enfermagem, já que, dessa forma estariam liberados os créditos para pagamentos dos médicos, enfermeiros, técnicos e demais empregados e todos os serviços contratados pelo hospital. Ainda foi dito que a situação é grave, pois caso não haja reversão da situação, o hospital paralisará suas atividades.

Huse

Pelos representantes do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) foi dito que o Cirurgia constitui a maior retaguarda de assistência do Huse, indigitando a coordenação do Pronto Socorro do Hospital de Urgência que possui atualmente 113 pacientes da ortopedia para realização de procedimento cirúrgico e que caso não haja funcionamento do hospital irá gerar um impacto insuportável no Huse.

Para administrar a situação de forma a não ocasionar em desassistência, a Fundação Hospitalar de Saúde (FHS) irá elaborar um plano de contingência em articulação com o HUSE e HPM visando a realização de cirurgias ortopédicas a não permitir que pacientes fiquem sem atendimento regular.

Reforma

Ainda foi informado em audiência que o Hospital Cirurgia vem realizando reforma até sexta-feira, 9, em sua central de oxigênio o que de fato gerou problemas na assistência na quarta-feira e quinta-feira com extensão para sexta-feira, contudo, caso haja regularização dos pagamentos na próxima segunda-feira, 12, será retomada a assistência regular.

Por Aisla Vasconcelos