Com novas variantes, população precisa reforçar cuidados preventivos

(Foto: André Moreira)

Todo vírus sofre mutação. É assim que acontece com o vírus da gripe comum e tantos outros. É assim também que tem ocorrido com o SARS-CoV-2, o novo coronavírus, em diversas partes do mundo, inclusive no Brasil.

E é com o surgimento de variantes do coronavírus que um sinal de alerta foi aceso, já que as novas variantes possuem maior transmissibilidade, ou seja, a transmissão acontece de forma mais rápida. Além disso, as novas variantes têm acometido pessoas de maneira mais grave.

Longe da ideia de promover pânico, esse alerta é para conscientizar que os cuidados precisam ser mantidos e que a pandemia ainda é pungente e segue levando milhares de pessoas à morte, diariamente, no País.

Frente a essa situação, somente a vacina é capaz de reduzir os efeitos causados, mas, para que o resultado da imunização seja percebido, uma grande parte da população precisa estar imunizada, é o que pontua a infectologista da Secretaria Municipal da Saúde de Aracaju (SMS), Fabrízia Oliveira.

“Com o início da vacinação, uma parte das pessoas passou a se comportar como se a pandemia já tivesse passado. Apesar da existência da vacina ser um avanço considerável e de extrema importância, é preciso compreender que ainda estamos no início desse processo e que a pandemia ainda não acabou. Portanto, as medidas restritivas e preventivas precisam continuar sendo adotadas, mas não somente como uma ação do poder público, a população é parte principal e essencial nessa questão”, alerta Fabrízia.

Há mais de um ano, em diversos meios de comunicação, as medidas preventivas têm sido repetidas incessantemente, ainda assim, o reforço no alerta segue necessário. “É preciso que os cuidados sejam mantidos por vacinados e não vacinados porque a circulação do vírus ainda continua e grande parte da população ainda não está imunizada”, frisa.

“Existe, ainda, um risco de que os que não foram vacinados, inclusive, serem contaminados por aqueles que já foram vacinados. As vacinas que estão no Brasil e no mundo todo foram testadas para tentar minimizar os casos de internação, ou seja, os moderados, os casos graves e, obviamente, diminuir o número de óbitos pela covid-19. Elas não foram testadas em assintomáticos e com sintomas leves. Em resumo, o que quero esclarecer é que as vacinas não foram criadas, não foram estudadas para diminuir a transmissão, ou seja, mesmo as pessoas vacinadas continuam transmitindo a doença”, completa a especialista.

Conforme salientou a infectologista, entre as medidas, o distanciamento se torna imperioso, “aliado ao uso de máscara, higienização frequente das mãos e, ainda, outro ponto: as pessoas que apresentem qualquer tipo de sintoma, o mais leve que seja e, principalmente, respiratório, deve cumprir o isolamento”.

“Ainda temos visto a não obediência do isolamento domiciliar e nós pedimos, encarecidamente, que as pessoas continuem mantendo os cuidados e as medidas preventivas, até que, pelo menos, grande parte da população seja vacinada”, conclui.

Fonte: AAN

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