Combate ao Zyka: Virologista destaca falta de incentivo

Evento aconteceu na UFS (Fotos: Portal Infonet)

"Não será com 20 mil reais ou com ações pontuais de combate ao mosquito Aedes Aegypti que iremos resolver um problema tão grave como o de agora. Fala-se muito em combater o vetor e se faz praticamente nada para combater o vírus simplesmente pelo fato de a primeira opção ser a mais barata" destacou o virologista e professor do Departamento de Morfologia da UFS Alexandre Luna Cândido.

A declaração foi feita durante uma oficina realizada pela UFS nesta terça-feira, 15, que contou com a participação de pesquisadores da instituição e de entidades públicas de saúde a fim de, juntos, construirem uma agenda de trabalho interinstitucional e a definição de linhas estratégicas para o combate ao mosquito em Sergipe.

O virologista mostrou preocupação e questionou a associação das respectivas doenças ao mosquito. "Como virologista, estou estarrecido, pois tenho certeza que existem outros agentes virais presentes nas síndromes que estão se apresentando, mas nós não temos condições de isolar e identificar nem as amostras virais conhecidas, imagine as que não conhecemos”, alerta Alexandre.

Oficina foi realizada para auxiliar no combate ao Zyka

Ele enfatiza ainda que muito foi gasto nos grandes eventos trazidos para Sergipe e para o Brasil, mas nada foi feito para prevenir os agentes infecciosos. “Por que nós herdamos isso? De onde? Da Copa do Mundo? Do Rock in Rio? Do Pré-Caju? E quais são aqueles que herdaremos da nossa Olimpíada? Nós, profissionais de saúde, temos que exigir das autoridades a contrapartida para proteger a população. Se até agora não ficamos livre do Aedes, porque não foi investido em vacina já que é a melhor forma de prevenir?”, salienta.

O profissional destacou também a dificuldade de trabalhar com pouco recurso, informações escassas e fragilidade no banco de dados. “Existem coisas que precisariam ser notificadas e não são. Temos poucos recursos para investir em pesquisas no laboratório. É preciso um pouco mais de seriedade e mais tempo de juntar as massas críticas para tentar solucionar o problema, que é a falta de conhecimento do agente infeccioso. Mas quero dizer que achei muito oportuno o tema e parabenizar o reitor de apoiar essa oficina", diz.

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