Categoria em recente ato na porta da Secretaria de Saúde (Fotos: Arquivo Portal Infonet) |
Os condutores do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) completam nesta quarta-feira, 12, 29 dias de atividades paralisadas, reivindicando salários dignos e condições de trabalho. Na tarde da terça-feira, 11, representantes do sindicato da categoria e o advogado Patrick Coutinho participaram de uma audiência no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) com integrantes do Ministério Público do Trabalho, da Fundação Hospitalar de Saúde e da Secretaria de Estado da Saúde (SES).
Ficou definida a manutenção de 50% de pessoal para atender a população e mais uma parte para suprir a necessidade [em caso de diminuição desse quantitativo exigido por lei]. “Na audiência, ficou acertado que a gente deve ter uma maior preocupação com os 50% de trabalhadores para atender a população, além da formação de um cadastro de reserva para suprir possíveis deficiências nesses 50%”, esclarece o presidente do Sindicato dos Condutores do Samu, Adilson Melo.
Adilson Melo luta por abertura do diálogo |
Ele informou ainda que na próxima sexta-feira, 14, será realizada uma nova reunião a partir das 11h no Ministério Público do Trabalho para discutir as reivindicações da categoria. “A reunião será com a procuradora Vilma Amorim, quando será abordada a discussão do reajuste salarial. Esperamos que o Governo do Estado se sensibilize com a situação da categoria que ganha R$ 642 e abra um canal de negociações”, destaca o sindicalista.
SES
Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde, informou que "na audiência de conciliação realizada ontem no Tribunal Regional doTrabalho, foi esclarecido que os condutores do SAMU vinculados a Aracaju não têm legitimidade para aderir à greve e devem trabalhar normalmente. Quanto às escalas, ficou pactuado, na conciliação, que o Sindicato vai enviar diariamente lista com 28 nomes de condutores celetistas com 48 horas de antecedência e mais 3 nomes de condutores suplentes no caso da necessidade de substituição de faltosos. Esses condutores escalados serão redistribuídos pelo Serviço para as bases, baseado no levantamento e na necessidade de cada local, no sentido de diminuir o tempo-resposta do atendimento, considerando o percentual durante a paralisação.
Quanto à negociação, a SES e a FHS têm mantido aberto o diálogo com o Sindicato dos Condutores e este tem participado de todas as reuniões da mesa de negociação. Ainda assim, na audiência, foi apresentada uma nova proposta. Com vistas a resolver o impasse, a FHS se compromete a enquadrar os condutores em um nível hierárquico superior na tabela do Plano de Emprego e Remuneração. "A proposta eleva o salário base dos condutores em 12,78%, somados aos 5% de reajuste concedidos pelo Governo do Estado, o que representa um reajuste no ano de 18,40%", explica Marcelo Vieira, diretor administrativo e financeiro da SES.
"A mesa permanente existe justamente para corrigir as distorções coletivamente ao longo do tempo. O que não dá é para resolver um problema histórico de uma só vez e nem somente focado em uma única categoria. Como podemos justificar que a negociação consegue avançar com 11 sindicatos, tendo o Plano sido aprovado em assembleia unificada, e emperra em um e é esse setor que está com a razão em detrimento das outras representações? O Plano de Emprego e Remuneração é um avanço. Pouquíssimas categorias conseguiram isso nas recentes negociações salariais no Brasil. O aumento real é de 12,78%. A experiência da mesa de negociação é avançada e legítima", explica o secretário estadual da Saúde, Silvio Santos.
Por Aldaci de Souza
* A matéria foi atualizada às 17:31 para acrescentar nota da Secretaria de Estado da Saúde.
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