Condutores do SAMU paralisam atividades em Sergipe

Serviço de atendimento móvel será interrompido  (Fotos: Arquivo Infonet)

Os mais de 1500 condutores do Serviço Móvel de Urgência e Emergência (Samu) vão paralisar as atividades na próxima quinta-feira, 27. A greve, que será por tempo indeterminado, foi motivada pela derrubada do veto, pela presidente Dilma Rousseff, ao projeto de lei que pretendia regulamentar a profissão de condutor de veículos de emergência (PL 7191/10). Para a categoria, o veto comprometerá o serviço, já que os motoristas seriam atuantes durante no atendimento ao paciente.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Condutores de Ambulância de Saúde (Sindconam), Adilson Ferreira Melo, os motoristas auxiliam os médicos e enfermeiros no primeiro atendimento às vítimas. “A gente ajuda a fazer reanimação cardiorespiratória, carregamos as macas, porque os médicos e enfermeiros não têm como carregar sozinhos. Essas atribuições não são de nossa obrigação, mas a gente faz e com amor”, lembra.

Os condutores de ambulâncias querem ser reconhecidos como condutores socorristas. De acordo como sindicalista, o texto aprovado pelo Congresso garantiria aos condutores de veículos de emergência, o direito a treinamentos especializados e cursos de reciclagem a cada cinco anos, além de seguro para cobrir riscos de acidente. “Mas a presidente derrubou o veto. Diante disso, sendo nós motoristas apenas, assim agiremos. Vale ressaltar que nada nos obriga, mas a gente faz porque queremos e gostamos de ajudar”, diz, Adilson.

Adilson "A gente faz porque queremos e gostamos de ajudar"

Os condutores garantem que a partir de agora os condutores somente conduzirão os veículos. Segundo Adilson, a presidente Dilma justificou a derrubada do veto, afirmando que o projeto levaria mais custos aos pequenos municípios e comprometeria o princípio da isonomia em relação a motoristas de outros tipos de veículo.

Assembleia

Adilson lembrou também que a categoria se reúne em assembleia na tarde desta terça-feira, 25, para dividir as estratégias da paralisação da próxima quinta-feira.

Por Eliene Andrade