Confirmado o terceiro caso de Influenza H1N1 em Sergipe

Campanha de vacinação será aberta em 30 de abril (Foto: Arquivo Portal Infonet)

Três casos de gripe pelo vírus Influenza H1N1 foram confirmados  em Sergipe. A Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou que todos evoluíram para a cura, com histórico de contaminação fora do Estado e do país, ou seja, "não existe nenhum caso de contaminação no próprio Estado de Sergipe".

De acordo com nota técnica da SES, publicada na segunda-feira, 11, um dos casos ainda está sendo investigado pela Coordenação de Vigilância Sanitária de Aracaju. O primeiro foi adquirido por meio do contato em viagem para Salvador (BA) e Maceió (AL), tendo retornado para Sergipe com os sintomas e outro foi detectado em uma família que retornou da Disney com sintomas, sendo que apenas uma pessoa realizou a coleta.

A enfermeira Mariselma Teixeira, responsável pela área técnica da Influenza, explicou que os exames realizados para detecção da Influenza H1N1 são realizados por meio de imunofluorescência realizado no Laboratório LACEN- SE e Proteína Creativa (PCR) em tempo real que é feito na referência da Fiocruz, no Rio de Janeiro.

“Em Sergipe, as unidades sentinelas para a Síndrome Gripal são: UPA Fernando Franco, na Zona Sul e Hospital de Urgência (Huse); para a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), no Huse e no Hospital São Lucas, pois devem ser unidades hospitalares que têm UTI e seja um público e outro privado. Nessas unidades, para os pacientes que apresentarem sintomas de SRAG, será feita coleta do material nasofaringeo para pesquisa do vírus Influenza. Já nos pacientes com síndrome gripal são coletadas cinco amostras por semana epidemiológica, de preferência a cada dia da semana. Sendo de notificação compulsória só os casos de SRAG”, esclarece.

Influenza

Mariselma Teixeira informou que a Influenza é uma doença febril, aguda, geralmente benigna e autolimitada. Os sinais e sintomas predominantes são sistêmicos como febre, calafrio, tremores, cefaleia [dor de cabeça, mialgia e sintomas respiratórios como tosse seca, dor de garganta e coriza. A transmissão acontece por gotículas respiratórias e transmissão indireta; um dia antes e até três a cinco dias depois do início dos sintomas ou 24h depois da febre nos adultos. Crianças e pacientes imunossuprimidos podem excretar o vírus por mais tempo, em média 7 a14 dias.

Grupos de risco

Os grupos de risco pa a Infleunza H1N1 são crianças menores de dois anos, adultos maiores de 60 anos e grávida em qualquer idade gestacional, puérperas até duas semanas após o parto [incluindo os que tiveram aborto ou perda fetal].

Fatores de risco

Indivíduos com doenças crônicas: Pneumatopatias [incluindo asma]; Cardiovasculopatias [excluindo hipertensão arterial]; Nefropatia; Hepatopita; Doença hematológica;Distúrbios metabólicos; Distúrbios neurológicos que podem comprometer a função (transtornos), respiratória ou aumentar o risco de aspiração (disfunção cognitiva lesões medulares, epilepsia, paralisia cerebral, síndrome de down, atraso de desenvolvimento, AVC ou doenças neuromusculares); Imunossupressão (incluindo HIV); Obesidade mórbida;

Gripe

Síndrome Gripal – apresenta sintomas como tosse, dor de garganta, febre, mesmo que referida com início dos sintomas nos últimos 7 dias; Síndrome Respiratória Aguda Grave [quando a pessoa é hospitalizada com febre, mesmo que referida, acompanhada de tosse ou dor de garganta e que apresenta dispneia].

O tratamento deve ser iniciado com o antiviral Tamiflu para todos os pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave e os pacientes com síndrome gripal que apresentem fatores de risco e que pertencem ao grupo de risco, de preferência nas primeiras 48h do início dos sintomas.

Vigilância

Mariselma Teixeira acrescentou que a vigilância da Influenza se dá através de unidades sentinelas com a finalidade de monitorar a circulação dos vírus em Sergipe; promover cepas virais [alinhagem de microrganismos] para formulação da vacina da Influenza; fornecer informação oportuna e de qualidade para o planejamento e adequação do tratamento; estabelecer medidas de prevenção e controle, além de determinar os tipos de vírus respiratórios responsáveis por SRAG em UTI com alta patogenicidade.

Ela acrescenta ainda que a Secretaria de Saúde está realizando monitoramento das sentinelas e os indicadores; confecção e distribuição de material educativo para os municípios, ajudando nas ações de educação; capacitação dos profissionais sobre coleta de secreção nasofaringeo dos hospitais regionais; distribuição e manutenção da medicação para Secretaria Municipal de Saúde de Aracaju e demais municípios, além de trabalho em equipe para controle e vigilância da Influenza.

Cuidados

– Frequente lavagem e higienização das mãos, principalmente antes de consumir algum alimento; utilizar lenço descartável para higiene nasal; cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir; evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca; higienizar as mãos após tossir ou espirrar; não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas; manter os ambientes bem ventilados; evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de gripe; evitar sair de casa em período de transmissão da doença até 5 dias após início dos sintomas; evitar aglomerações e ambientes fechados [procurar manter os ambientes ventilados]; adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquido;

Imunização

O início da vacinação da Influenza em todos os postos do estado, a partir do dia 30 de Abril à 20 de Maio, para os grupos prioritários [criança de 6 meses a menor de 5 anos, gestante puérpera, idoso acima de 60 anos, profissionais de saúde, doentes crônicos e população indígena e privada de liberdade].

Por Aldaci de Souza
Com informações da SES