Conheça os sintomas da dengue, chikungunya e zika

Dengue, chikungunya e zika são transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti (Foto: Sérgio Silva)

As doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti – dengue, chikungunya e zika – são consideradas graves e podem evoluir para óbito se não forem devidamente tratadas. Por apresentarem sintomas parecidos, com semelhança até mesmo com os da covid-19, as arboviroses acabam confundindo os pacientes. Por isso, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), alerta e orienta a população a buscar atendimento médico de forma imediata a partir dos primeiros sintomas.

Conforme dados do último Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), realizado no mês de julho, Aracaju continua apresentando médio risco de infestação do mosquito.

No período de janeiro a 16 de julho, segundo a SMS, foram 584 casos confirmados de dengue, 253 de chikungunya, e sete de zika. Além disso, foi registrado um óbito por dengue no último mês. Quando comparado com o mesmo período em 2021 (janeiro a julho), os casos de dengue esse ano registraram um aumento de 783%. Já chikungunya e zika tiveram queda no número de casos confirmados, de 3,8% e 75% respectivamente.

De acordo com o gerente do Programa Municipal de Combate ao Aedes Aegypti, Jeferson Santana, apesar da similaridade de alguns sintomas, cada doença apresenta particularidades capazes de diferenciá-las. No caso da dengue, por exemplo, além da febre alta, o paciente pode apresentar dores de cabeça, no corpo e em volta dos olhos. Além disso, também pode ocorrer dor abdominal, diarréia, vômito ou náusea.

Já no caso de chikungunya, segundo Jeferson, além dos sintomas de febre alta, o que se destaca são as dores articulares. “É onde diferenciamos a chikungunya da dengue. São dores intensas nos joelhos, nas mãos. Onde tiver articulação, dói bastante. A pessoa, normalmente, fica encurvada, porque a região da lombar dói bastante”, destaca o coordenador.

Quando o paciente está acometido pelo zika vírus, ao contrário da dengue e da chikungunya, não apresenta febre alta, e as dores articulares são menos intensas. “Muitas vezes, acontece da pessoa apresentar um leve inchaço, e a principal características são as manchas vermelhas na pele”, acrescenta Jeferson.

A Prefeitura, por meio da SMS, oferece atendimento médico para as arboviroses em todas as unidades básicas de saúde da capital. Portanto, de acordo com o coordenador, a principal orientação é que, a partir dos sintomas iniciais, o paciente deve procurar a unidade básica de saúde do bairro para atendimento. Isso pode evitar, inclusive, que os casos evoluam para um quadro mais grave.

“Se possível, até no primeiro dia de aparição dos sintomas, como uma febre acompanhada de algum desses outros sintomas, é importante que a pessoa busque o posto de saúde. É na unidade de saúde que ela terá o diagnóstico e iniciará o tratamento correto”, alerta o coordenador.

Como detectar

Para identificar se, de fato, o paciente está com dengue, chikungunya ou zika, além do diagnóstico médico, também poderão ser realizados exames clínicos.

“O profissional médico, através dos sintomas, pode diagnosticar. Mas, também tem os exames laboratoriais. O exame do RT/PCR pode ser feito no período entre o primeiro e sexto dia de sintoma. A partir do sétimo dia é realizada a sorologia. Com esses exames específicos conseguimos detectar se é caso de dengue, zika ou chikungunya, ou nenhum deles, por isso que é tão importante”, explica Jeferson.

Ações de combate

Entre as estratégias para mudar o cenário de médio risco de infestação por Aedes em Aracaju, a Prefeitura, por meio da SMS, tem realizado a aplicação de fumacê costal e mutirões de limpeza, em parceria com a Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb) e Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Sema), a fim de combater o mosquito causador das arboviroses, mas a participação da população nesse trabalho é essencial.

Durante o mês de agosto, a Prefeitura intensificará ações de combate, todos os sábados do mês. Ainda assim, é importante lembrar que o combate ao mosquito só é possível quando há ações preventivas e contínuas por parte, também, da população. Cada cidadão pode fazer a sua parte para reduzir o número de pessoas infectadas e, consequentemente, minimizar o risco de complicações e óbitos.

Desta forma, Jeferson Santana orienta a população a verificar se a caixa d’água está bem tampada; deixar as lixeiras bem tampadas; colocar areia nos pratos de plantas; recolher o lixo do quintal; limpar as calhas; cobrir piscinas; colocar uma tela fina nos ralos e baixar as tampas dos vasos sanitários; limpar a bandeja externa da geladeira; limpar e guardar as vasilhas dos bichos de estimação; limpar a bandeja coletora de água do ar-condicionado; cobrir bem todos os reservatórios de água, para que dessa forma seja possível se prevenir das doenças.

 

Com informações da AAN

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