Conselho reclama de demora no atendimento

Não existe dados do senso demográfico sobre os tipos de deficiência. (Fotos: Arquivo Infonet)

Jane Mare, presidente do Conselho Estadual das Pessoas com Deficiência

"Atualmente, os dados do censo demográfico não são específicos quando se fala no número de deficientes". A afirmação de Jane Mare Santos, presidente do Conselho Estadual das Pessoas com Deficiência (CEDPD) mostra que hoje tanto problemas causados por acidentes, independente da idade, quanto pessoas que já nascem com algum tipo de deficiência e que possui necessidades específicas são classificadas como deficientes. Esse fator, aliado às consultas em hospitais públicos generalizados são dificuldades que atrapalham o tratamento adequado dos pacientes.

A principal reclamação do vice-presidente do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência (CMDPCD), Everton de Jesus é com a “demora no atendimento dos especialistas que demora de dois meses, mesmo marcando pela internet. A parte laboratorial ta sendo ate ágil, mas o atendimento do especial precisa ser agilizado”, explica.

A opinião é compartilhada por Jane Mare Santos. É uma fila geral para todas as pessoas, muitas mães solicitam ao Conselho um ofício para agilizar os exames. Mas já recebi mães que aguardaram seis meses”, explica.

Jane Mare acredita que é necessário aumentar a oferta dos médicos especializados “se criasse uma rede integrada de saúde ou pelo menos tivesse uma rede para que os profissionais trabalhassem juntos poderia acelerar esse processo”, enfatiza.

Além do atendimento em conjunto, Jane Mare informa que os dados que poderiam conter no Sistema Nacional de Informações sobre Deficiência (Sicorde) atualmente não funciona. “O núcleo do Sicorde se encontra na Secretaria de Justiça, mas ele ainda não desempenha essa função em Sergipe”, lamenta.

Jane Mare ainda complementa dizendo que é necessário uma discussão entre todos os órgãos “O Estado de Sergipe (governo estadual, federal e municipal) teriam que fazer uma discussão sobre as necessidades especiais, não apenas na saúde. A saúde é mais urgente por não poder parar os tratamentos, mas outras áreas precisam ser debatidas”, concluiu.

Em nota, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) esclareceu que o acesso universal ao Sistema Único de Saúde (SUS) é um compromisso priorizado nas unidades de saúde da capital. A pessoa com deficiência que já recebe atendimento na Rede de Atenção Especializada (REAE), a exemplo usuários do Centro de Especialidade Medicas da Criança e do Adolescente (CENCA) e Serviço de Reabilitação Física e Motora (Serfismo), tem prioridade na marcação e remarcação para especialidades disponíveis na rede.

A Secretaria informou ainda que a partir de 21 de maio de 2012, a SMS instituiu o Programa Municipal de Cuidados a Pessoa com Deficiência. A iniciativa visa atender a Portaria nº793 de 25 de abril de 2012 do Ministério da Saúde. O coordenador do Programa, Marcus Valerius Peixoto,  afirma que o município está elaborando um plano para contribuir com  atenção integral a pessoa com deficiência.

“Nosso objetivo é alinhar estratégias em saúde voltadas para esse público para enfrentar os problemas de forma sistemática e estratégica, perpassando todas as linhas de cuidado desde a atenção básica até as ações especializadas. Estamos seguindo as etapas de operacionalização propostas pelo Ministério da Saúde, sendo a primeira a realização de diagnóstico situacional e elaboração do plano de ações”, afirma.

Quanto à falta de remédios, a SMS orienta que o usuário procure o gerente da unidade para maiores esclarecimentos. O usuário ainda pode comunicar o problema oficialmente por meio da Ouvidoria da Saúde pelos números 156 ou 2106-9770.

Por Allana Andrade

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