Consultório dentário de Boquim continua interditado

Produto vencido encontrado na clínica (Fotos: CRO (Fotos: Ascom/CRO)

Continua sem funcionar a clínica odontológica da iniciativa privada no município de Boquim, interditada por determinação da Vigilância Sanitária, após denúncias do Conselho Regional de Odontologia (CRO-SE) que envolvem o exercício ilegal da profissão e a presença de medicamentos e insumos vencidos naquela unidade.

De acordo com informações do presidente do CRO, Anderson Lessa, o estabelecimento também não apresentou a licença sanitária deste ano que autoriza o funcionamento da clínica. O nome da clínica é mantido sob sigilo pelo CRO por questões éticas, segundo explicações do presidente. O proprietário, cuja identidade também não foi divulgada, responderá por infração ética e também por permitir que estudantes do curso de odontologia exerçam a profissão de cirurgião dentista ilegalmente naquele consultório.

O presidente do CRO chama a atenção da população para evitar que pessoas sem qualificação profissional e estabelecimentos clandestinos prestem serviços odontológicos no Estado. A clientela poderá fazer a denúncia ao CRO por meio do telefone (79) 3214 – 3404 ou mesmo diretamente à Secretaria de Estado da Segurança Pública ou à Polícia Federal, quando envolver o exercício ilegal da profissão.

Consultório permanece interditado

O presidente esclarece que o CRO está intensificando a fiscalização em todo o Estado, cuja iniciativa culminou com a interdição de duas clínicas odontológicas: uma ocorreu no ano passado em Aracaju e esta mais recente, na cidade de Boquim. Para reabrir a clínica, o proprietário terá que ingressar com pedido de registro junto ao CRO e na Vigilância Sanitária, além de manter profissionais habilitados, sem permitir que estagiários exerçam a atividade profissional.

No ano passado, o CRO visitou 61 consultórios particulares, 29 clínicas e 14 estabelecimentos públicos em Aracaju. No interior do Estado, foram realizadas visitas técnicas e de rotina a 30 clínicas e a quatro consultórios particulares, além de 118 Unidades Básicas de Saúde (UBS) da capital e do interior do Estado.

Por Cássia Santana