Pão Família com data de fabricação do dia posterior ao comprado (Fotos: Thales Brandão) |
O Portal Infonet recebeu uma denúncia de um professor que denuncia a venda de produtos impróprios para o consumo humano comercializados em um supermercado em Aracaju.
O professor Thales Brandão conta que não é a primeira vez que acontece. Segundo ele, o primeiro fato ocorreu no início do mês de abril quando ele esteve no hipermercado Bompreço 24 horas situado no bairro Jardins.
“Eu cheguei lá e fui comprar pães, umas pizzas, eu estava com o meu cunhado e a intenção era comprar umas pizzas pra gente fazer uma festinha na casa da minha sogra. Compramos pães e dentro do próprio supermercado eu reparei que o pão que eu estava comprando naquele dia, estava com a data da embalagem a fabricação era do dia posterior e eu vi que aquilo ali estava irregular. Como é que você compra um pão hoje, mas ele vai ser fabricado amanhã?, isso não existe a não ser que eu fizesse uma encomenda, pagasse antecipado pra pedir que o pão fosse fabricado depois. Dentro de lá da padaria eu observei que todos os pães praticamente estavam dessa forma, principalmente um pão que eles denominam como pão família. Meu cunhado comprou um e eu outro e ficamos indignado com a situação”, relata Thales.
Pão com barata |
Por conta do fato, foi aberto um Boletim de Ocorrência prestado na Delegacia do Consumidor e na Delegacia Plantonista para que a direção do Bompreço se explicasse. “O Bompreço não se pronunciou, não respondeu absolutamente nada, eu denunciei no twitter e facebook e recebi um email do Bompreço pedindo os meus contatos que eles iam entrar em contato comigo. Eu estava na estrada quando recebi a ligação do Bompreço, a ligação era uma moça que é responsável pelo relacionamento do Bompreço chamada Suzana Zarzar, ela dizia que não sabia por que aquilo tinha ocorrido, que tinha sido um fato isolado e que a única solução que ela daria para o caso era recolher a mercadoria e entregar um outro produto”, conta o consumidor.
Na ocasião ele sugeriu a ela uma negociação. Foi solicitado que a Rede Walmart encaminhasse por escrito uma resposta sobre o fato e um pedido de desculpas através de uma mídia, além disso, foi solicitado que a Rede Walmart determinasse três dias na semana para fazerem uma doação de uma fornalha de pão para uma instituição carente de Sergipe e oferecesse um desconto de 50% na padaria para o consumidor, sendo segundo ele, recusado. “Ela disse que já estava falando comigo por telefone e que não seria necessário encaminhar por escrito e que também não era a política da empresa fazer aquela ação social que eu estava pedindo”, diz.
Irregularidades
Thales Brandão denuncia diversas irregularidades |
Presuntos vencidos e maçã estragada foram uma das irregularidades descritas por Thales Brandão. “Circulando pelo Bompreço eu encontrei um pão com uma barata dentro, ele é um pão lacrado, com o lacre do Bompreço todo certinho e a barata tava lá dentro, circulando pela parte de frutas eu encontrei uma maça que aparentemente estava estragada, com morfo e que não constava a data de vencimento. Ainda no mesmo ambiente eu encontrei uva passada com a data de validade vencida e já morfada”, garante.
Vigilância Sanitária
De acordo com ele, logo no primeiro acontecimento, entrou em contato com a vigilância sanitária do município para saber quais as providências iriam ser tomadas.
“Eu liguei para a vigilância sanitária do município, Nazaré me disse que todos os supermercados são fiscalizados e que ela não podia fazer uma fiscalização naquele momento, tinha que ser programado, eu fiquei indignado porque eu precisava de um posicionamento da vigilância sanitária, inclusive eles disseram que não era competência deles quando eu denunciei o pão, eles disseram que era do PROCON, eu disse que eles estavam enganado. Quando eu encontrei na semana seguinte todos esses produtos vencidos eu coloquei dentro de um saco, na semana santa e me dirigi até a vigilância sanitária na rua Sergipe, eu cheguei lá me deparei por incrível que pareça com a vigilância fechada, na semana santa a vigilância não pode fechar, os consumidores estão comprado produtos que carregam em si a sua essência da conservação, são peixes, camarões”, conta.
Carne Moída
Carne Moída com aparência ruim |
A última denúncia feita por Thales ocorreu no dia 26 de abril, quando ele encontrou carnes moídas que aparentavam estarem estragadas. Segundo ele, na embalagem existiam duas etiquetas, uma sobreposta a outra e afirma que havia fraude de etiquetagem.
“Passei no caixa, comprei todos os produtos que eu quis comprar, cheguei até o estacionamento abrir o meu carro e tirei a primeira etiqueta, não consegui, pois estava bem selado, verifiquei a segunda carne, quando eu tirei a data de validade era dia 25, uma fraude sínica, duas etiquetas duplificada, uma em cima da outra. Eu voltei ao supermercado, me dirigi até a lanchonete e liguei pra policia solicitando que viesse dois agentes policiais pra fazer um flagrante daquilo, a situação se tornou mais insustentável, enquanto eu aguardava a chegada da polícia, os gerentes me cercaram eu fiquei acuado. O que fica claro é que eu estou embasado, eu falo com propriedade, agora o que me deixa indignado é a situação insustentável da gente entender uma grande empresa não se pronunciar, dela não emitir uma nota pública, dela não vim até Aracaju conversar com os consumidores”, finaliza
Esclarecimentos
A equipe do Portal Infonet entrou em contato com a direção do Bompreço por meio de sua assessoria. Em nota, o Bompreço esclarece que: O fato do Bompreço não emitir uma "nota pública", como o cliente em questão solicita, não quer dizer que o Bompreço não esteja respondendo ou tomando providências em relação aos fatos denunciados pelo senhor Thales Brandão. A empresa se posicionou e continua a se posicionar perante todas as autoridades de defesa do consumidor que solicitaram explicações, posicionamento esse que incluiu audiências e relatos sobre os procedimentos de segurança alimentar adotados pelas lojas. O Bompreço também manteve recorrentes contatos com o cliente com o objetivo de apurar melhor os fatos e mostrar o empenho na resolução dos problemas.
Já em relação à Vigilância Sanitária, a assessoria da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informa que: De acordo com a coordenadora da Vigilância Sanitária, Ana Angélica, quando é realizada uma denúncia, a Vigilância prioriza para que seja feita a inspeção sanitária no local com a maior agilidade possível. Para a população denunciar, basta ligar para o número 2106-9766 ou enviar mensagem através do e-mail vigilanciasanitaria@aracaju.se.gov.br.
Ana Angélica esclarece, ainda, que o horário de funcionamento da Vigilância Sanitária é de segunda a sexta, das 7h às 17h. Caso o consumidor flagre algum produto vencido e/ou deteriorado, ele também tem a opção de acionar a polícia para realização de boletim de ocorrência.
Por Aisla Vasconcelos
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