Consumo exagerado de alimentos pode agravar doenças crônicas

Frutas, verduras e legumes devem ser priorizados na alimentação (Foto: Pixabay)

O isolamento social causado pela pandemia do Covid-19 mudou a rotina da maioria da população. Organizar a nova rotina, trabalho, afazeres domésticos, filhos e muito tempo dentro de casa têm provocado abalo emocional.  Para muita gente a comida tem sido um refúgio para esses dias de crise.

A nutricionista Alécia Alves dar dicar para uma alimentação adequada (Foto: Rede Social)

Os especialistas chamam isso de fome emocional e alertam para os riscos de uma alimentação desordenada atrelada ao sedentarismo, principalmente para as pessoas que já têm doenças crônicas, a exemplo de diabetes e hipertensão.

A nutricionista Alécia Alves orienta que as pessoas criem uma rotina de trabalho ou de estudo para que o psicológico não sinta tanto as mudanças. “Manter essa rotina como se estivesse num dia normal acaba não interferindo tanto no psicológico. O isolamento gera ansiedade e muita gente desconta isso na comida o que pode causar uma compulsão alimentar, e isso trará outros problemas como obesidade, diabetes, hipertensão e mesmo problemas psicológicos” explica.

Praticar atividades físicas ajudam no combate à ansiedade e evitam problemas de saúde. A nutricionista lembra que existem muitos opções de exercício disponíveis  na internet. “ Procure fazer uma atividades física dentro de casa, pode ser uma dança, por exemplo. Durante a atividade física há a liberação de hormônios que combatem a ansiedade, além de controlar a pressão arterial e a glicemia”, diz.

Fracionamento alimentar

Alécia também fala da importância do fracionamento alimentar e da ingestão de alimentos ricos em fibras durante esses dias de confinamento. “ Intercalar lanches durante as refeições ajudam muito a diminuir o apetite. Se eu passo muito tempo sem me alimentar, quando eu for comer vou ingerir uma quantidade maior do que eu preciso. Os alimentos ricos em fibras retardam a absorção do carboidrato e com isso, a pessoa se sente saciada por mais tempo. Fracionar a alimentação e comer alimentos ricos em fibras ajuda muito as pessoas a comer menos”, afirma.

Exercícios físicos devem ser feitos em casa (Foto: Pixabay)

Frutas com casca, sementes e bagaços, cereais integrais e raízes são ricos em fibras e ideal para o organismo. A nutricionista orienta o consumo de alimentos que ajudam no aumento da imunidade. “Frutas da estação (laranja, tangerina goiaba, caju) são ricas em vitamina C, as folhas verde escuras ( brócolis, couve, espinafre) também possuem muitas vitaminas, o alho, gengibre, pimentas naturais, brócolis, castanha do Pará, ômega 3 e iogurte com lactobacilos por exemplo, ajudam muito no reforço do sistema imunológico. Se a pessoa estiver com o sistema imunológico reforçado ao ter contato com o COVID-19 e outras doenças os sintomas podem ser mais brandos”, diz.

Preferir alimentos mais leves, saudáveis e carnes magras ajudam numa alimentação mais controlada. “ Beber água é fundamental, pelo menos dois litros por dia, nosso organismo precisa de água para tudo. Frituras, doces, refrigerantes e produtos industrializados devem ser evitados. Procurem fazer sua própria comida com alimentos mais saudáveis”, recomenda.

Doenças

O endocrinologista Raimundo Sotero adverte a população que tem doenças crônicos, a exemplo de diabetes, hipertensão e cardiopatias, que mantenham as recomendações médicas. “O principal é não interromper as medicações de uso contínuo. Não abusar de alimentos que possam piorar seu estado de saúde e se exercitar dentro de casa mesmo, subir e descer escada, por exemplo. O isolamento é preciso, mas manter a saúde é fundamental. Comam frutas, verduras, carnes magras, de preferência frangos e peixes, feijão e muito líquido”, orienta.

Por Karla Pinheiro

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