Covid-19: casos em SE podem aumentar devido à variante delta

Caso chegue em Sergipe, a variante delta poderá provocar aumento de casos (Foto: Freepik)

Uma projeção da Força-Tarefa Covid-19, da Universidade Federal de Sergipe (UFS), indica que Sergipe pode apresentar, no fim do mês de outubro, um aumento no número de casos de covid-19, caso seja detectada a circulação da variante delta. Até o momento, segundo o  Laboratório Central de Saúde Pública de Sergipe (Lacen),  ainda não há evidências da nova variante no estado.

A projeção da UFS leva em conta os números registrados nos Estados Unidos, sobretudo no estado da Flórida (EUA), que já registra surto de casos entre os vacinados, e também os números no Brasil, que possui 1.405 casos registrados e 50 óbitos, em 16 estados no Distrito Federal, incluído Alagoas, estado vizinho a Sergipe.

Em Sergipe, não há casos confirmados da variante delta, mas caso ela seja detectada, rapidamente deverá se espalhar. “Caso ela seja detectada, só precisa de quatorze dias para levar a um aumento de casos. Setembro, pela metade do mês, acreditamos que ela entra. Sendo assim, no final de outubro, poderemos ter aumento de casos, culminando em novembro”, detalha o professor Lysandro Borges, coordenador Força Tarefa da UFS.

Professor Lysandro Borges explica que é preciso acelerar a vacinação para impedir o aumento de casos pela variante delta

De acordo com o professor, assim como em outros lugares do mundo, o aumento dos casos da covid-19 provocados pela variante delta está diretamente relacionado à flexibilização das medidas protetivas. “Vamos observar o mundo e os acontecimentos. Quando vários países flexibilizaram por já estarem com níveis acima de 50% em segunda dose, acharam-se livres da pandemia. Na Índia, por exemplo, país que na 1ª onda lidou bem com a pandemia, mas flexibilizou para festas religiosas, isso deu margem ao surgimento da cepa delta, mais infectiva e que escapa parcialmente dos anticorpos vacinais”, destaca.

O professor alerta que a cepa delta é tem um poder maior de contaminação. “Nas cepas Alfa, Beta e Gama, uma  pessoa contaminava quatro. Porém, uma pessoa infectada com a cepa delta pode contaminar até outras seis. Então, a Europa viu a terceira onda surgindo com a delta, seguida dos Estados Unidos e hoje estamos vendo a Flórida, com surto de casos entre os vacinados”, explica.

Ainda segundo Lysandro Borges, os sintomas da variante delta são leves em pessoas que tomaram a segunda dose, mas podem ser graves naqueles que não completaram o esquema vacinal. “Os sintomas causados pela cepa delta em pessoas imunizadas com a segunda dose da vacina contra a covid-19 são leves ou moderados. Em pessoas ainda não vacinadas ou vacinadas com a primeira dose, os sintomas podem levar ao agravamento e óbitos. A nossa cobertura vacinal com a segunda dose ainda está baixíssima para segurar a delta ”, afirma.

Medidas

Para o professor Lysandro Borges, além da intensificação das medidas protetivas, a imunização com a segunda dose da vacina de combate ao vírus deve ser intensificada para que o número de casos da Covid-19 pela cepa delta não se alastre aqui no Estado. “O aumento de casos deve ocorrer se a vacinação não avançar. Mas caso consigamos, em um mês, vacinar mais 50% da população, o que acho impossível em duas doses, reverteremos o quadro”, finaliza.

Por Luana Maria e Verlane Estácio 

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