Covid-19: estimativa é que vírus sobreviva até 3 dias em superfícies

Médica faz alerta sobre superfícies e potencial de transmissão do vírus (Foto: Arthur Soares/Portal Infonet)

Com a pandemia do Covid-19 (coronavírus) avançando pelo Brasil, as instruções de prevenção e orientações de etiqueta respiratória estão por todos os lugares. O comportamento do vírus ainda é objeto de estudo de cientistas e especialidades médicas, mas já se sabe que ele é transmitido através de gotículas respiratórias de forma direta e indireta. A primeira acontece quando há tosse, espirro ou conversa próxima entre pessoas com o vírus e não infectados; e de forma indireta, quando essas gotículas vão parar em superfícies públicas, e entram em contato com outras pessoas.

Este último cenário de transmissão tem intrigado especialistas. Na China, país onde foram registrados os primeiros casos do Covid-19, a temperatura durante o avanço e pico do vírus era fria, o que favorece a transmissão desse tipo de vírus. Por lá, estimativas de especialistas é que o vírus consegue sobreviver em superfícies por até noves dias. Com a chegada do Covid-19 no Brasil, havia a expectativa de como se comportaria o vírus num país de clima tropical. Aos poucos, as conclusões começam a serem feitas.

“A gente sabe que aqui no Brasil, com nossa temperatura e umidade mais alta, eu tenho uma infectividade pouco menor, assim como a durabilidade do vírus. Temos uma estimativa que ele dure de poucas horas até três dias. Depende da temperatura”, explica a infectologista Mariela Cometki. Por isso a médica explica a necessidade de higienização das mãos e das superfícies. “O álcool 70% é muito eficaz, mas tem virado um artigo de luxo, pela sua escassez. Como esse é um vírus que tem uma capa gordurosa, então devemos sempre lavar as nossas mãos com sabão ou detergente, e fazer o mesmo nas superfícies que costumados utilizar – sempre evitando levar as mãos às vias respiratórias”, indicou.

Infectividade

A infectologista Mariela lembrou que o vírus tem o poder de transmissão duas vezes mais que a Influenza, e destacou esse momento de contingência populacional como fundamental para evitar o sufocamento das unidades de saúde. “É sempre se perguntar se é importante sair de casa. Se for a trabalho, ok. Mas há outras atividades que podem esperar. Cumprir as orientações de contingência populacional, quarentena ou isolamento, se for o caso, são essenciais diminuir a circulação e transmissão do vírus e superar esse momento”, pontuou a médica.

Por Ícaro Novaes

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