Covid-19: SES vai investigar mortes de pessoas com HIV/Aids

Dr. Almir Santana, gerente do Programa IST/ Aids da SES, vai investigar mortes por Covid-19 de pessoas com HIV/Aids (Foto: SES)

A Secretaria de Estado da Saúde (SES), através do Programa de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST/Aids), vai investigar as 22 mortes de pessoas com HIV/AIDS vítimas das complicações do Covid-19 em Sergipe. A preocupação do gerente do Programa IST/AIDS, Almir Santana, é saber se essas pessoas estavam fazendo o tratamento contra o HIV ou não.

“Não vai ser um trabalho fácil, vamos ter que identificar as famílias dessas vítimas para saber se essas pessoas faziam o tratamento contra a Aids, se não tratavam, ou se tinham outras doenças para sabermos de fato a relação da Covid-19 e o HIV”, explica.

O médico Almir Santana informa que não há comprovação de que pessoas com HIV/Aids tenham mais facilidade em ser contaminada pela Covid-19. A preocupação é em relação a recuperação dessas pessoas.

“As pessoas com HIV se contaminam igual qualquer outra pessoa, a questão é a recuperação, o HIV pode agravar a Covid-19. A pessoa que tem o HIV e não se trata, ou interrompeu o tratamento pode ter dificuldade na recuperação. São 22 óbitos, um número pequeno comparado as 2.600 mortes no Estado, mas não podemos desvalorizar esse número e temos que investigar”, enfatiza.

Vacinação

As pessoas com HIV/Aids estão no grupo prioritário de vacinação contra a Covid-19 e devem ser imunizadas na terceira fase dentro do grupo das pessoas com comorbidades. A orientação de do médico Almir Santana é que as pessoas não deixem de se vacinar. “Se a vacina fosse feita com vírus vivo teríamos uma preocupação, mas as vacinas da Covid-19 não são com vírus vivos, então não há problema para com a imunização das pessoas com HIV. Elas devem, no período certo, fazer a imunização”, adverte.

O médico também orienta que as pessoas com HIV mantenham seus tratamentos em dia e que adotem os cuidados contra a Covid-19. “As pessoas que tem HIV devem manter seu tratamento, fazer o uso correto das medicações, e claro, usar máscara, manter o distanciamento social, evitar aglomeração e higienizar sempre as mãos”, finaliza.

Por Karla Pinheiro

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