CRM volta a constatar superlotação em maternidade

Maternidade volta a registra superlotação (Foto: arquivo Portal Infonet)

Os problemas relacionados à superlotação na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL), em Aracaju, voltaram à tona nesta quarta-feira, 20, quando diversas mulheres aguardavam por atendimento. Depois de receber denúncias, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Sergipe (Cremese) realizou uma fiscalização no local e avaliou a situação como crítica.

A presidente do Cremese, Rosamélia Dantas, revela que diversas mulheres estão desassistidas. “O centro cirúrgico e a sala de parto estão lotados. Muitas mulheres estão nas macas e não tem local nas enfermarias”, detalha.

De acordo com a médica, a superlotação no local é um problema recorrente. “Não encontramos nada diferente do que já apontamos nos relatórios que fizemos. O local recebe pessoa de todas as cidades do interior. Não tem estrutura que dê conta. A situação é crítica e bota em risco a saúde das mulheres e dos profissionais de saúde. Se você tem uma estrutura para atender x e recebe 2x, o resultado é menos médicos e menos equipamentos”, comenta Rosamélia.

A interdição do local, por enquanto, está descartada. “Não pensamos na interdição porque a situação é crítica. Se fizéssemos isso, as pacientes não teriam para onde ir”, justifica.

O relatório da fiscalização será divulgado na próxima sexta-feira, 22, e posteriormente, encaminhado à Secretaria de Estado da Saúde (SES) e ao Ministério Público Estadual (MPE).

SES

O assessor de comunicação da Fundação Hospitalar de Saúde (FHS), Alberto Jorge, explicou que a MNSL é um local destinado às parturientes de alto risco, porém, como é de porta aberta, a maternidade acaba recebendo mulheres que vem do interior do estado quando não encontram atendimentos por lá.

Ainda de acordo com ele, as pacientes do interior do estado vem a capital à procura da maternidade Santa Izabel ou da MNSL, no entanto, a primeira quando esgotada sua capacidade fecha as portas, diferente da segunda que continua a receber mesmo estando lotada.

O assessor disse ainda que o dia-a-dia da MNSL registra um número de atendimentos considerado normal, e que a superlotação de hoje é um problema pontual.

Por Verlane Estácio